Capítulo 1: O Cerco de Pandora

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Pandora estava um completo caos, civis corriam de um lado para o outro, alguns com os corpos completamente em chamas outros eram perfurados com a flechas que caiam do céu a cada segundo, sem interrupção. Só restava o desespero ali, os soldados do Reino de Pandora lutavam incansavelmente contra as misteriosas criaturas que com suas espadas bem afiadas, perfuravam cada mulher, criança e cavaleiro presente. Alguns portavam grandes tochas e arremessava elas nas casas dos civis que choravam sem parar.

— Salve-se quem puder! — gritou um civil que carregava o seu bebê em seus braços feridos que deixavam um longo rastro de sangue pelo chão.

O barulho das espadas ecoavam pelo reino tomado pelas chamas e pelas misteriosas criaturas das trevas que a atacavam. Muitos se perguntavam o que estava acontecendo, o ataque veio de surpresa em plena noite, quando muitos já estavam dormindo tranquilamente em suas confortáveis camas. O lorde lutava bravamente com suas tropas e marchavam para o Sul do Reino de Pandora onde mais tropas inimigas chegavam, dessa vez com a cavalaria pesada.

— Quero mais homens comigo no portão sul! Venham, venham! — gritava o lorde convocando os seus homens.

Então um estrondo foi ouvido do portão Sul, as criaturas entraram. Dentre elas estava um enorme monstro, medindo aproximadamente 3 metros e com uma grande massa muscular que poderia aguentar muitos ataques antes de cair, sua figura era intimidadora. As criaturas usavam capuz, mas em seu olhar brilhante na qual era refletido a luz do luar, se poderia ver morte e trevas em seus rostos cinzentos e gangrenados.

As criaturas eram nada mais e nada menos que clássicos mortos-vivos, de qualquer forma, a guerra em Pandora tinha alcançado grandes proporções e a fumaça do reino poderia ser visto do Reino do Leste que de lá observava a fumaça negra subir aos céus. O lorde chegava ao portão sul e se deparava com uma intensa batalha que havia se formado. Ele desembainha a sua espada, desmonta do seu cavalo, desce as escadas e parte para o primeiro morto-vivo que encontra com extrema coragem.

— MORRA, CRIATURA ASQUEROSA! VOLTE PARA O PURGATÓRIO DE ONDE VEIO! — disse o lorde desferindo um corte feroz contra a cabeça do morto-vivo.

Os cavaleiros ao notarem a presença do lorde imediatamente levantam o seu astral e começam a assim como ele, lutar bravamente pelas suas vidas que estavam em jogo. A enorme criatura ainda estava viva, ela pegava os soldados com suas enormes mãos e jogava-os para o alto.

— Meu lorde! Temos que lidar com aquela criatura, ela está eliminando muitos dos nossos!

O lorde defende um ataque e volta com seu punho coberto pelo metal da armadura contra o rosto de um morto-vivo, fincando a espada em sua barriga logo em seguida.

— Não! Temos que bater em retirada agora!

— Mas, meu lorde...

— IMEDIATAMENTE! RETIRADA! VAMOS, BATER EM RETIRADA!!

Os cavaleiros seguiram a ordem dada pelo seu líder e começaram a recuar, em meio a retirada, muitos eram alvejados com flechas que fazia-os virar pó, algo jamais visto antes. 

— Bruxaria... — disse o lorde vendo um de seus fiéis escudeiros virar pó diante os seus olhos.

Foi então que camuflada em meio a tanta fumaça e confusão naquela noite, uma flecha acertou em cheio o braço de lorde Eliadas que rapidamente virou pó, sua espada caiu no chão e desceu pelas escadas, até se juntar aos cadáveres no pátio.

— Pelas tetas de Solansia! Lorde Eliadas! — gritou um cavaleiro indo até o lorde ferido e o puxando para cima.

Enquanto resgatado, o lorde entrava em completa agonia por perder o seu braço ao mesmo tempo era arrastado até dentro do seu palácio por um cavaleiro de sua guarnição. As portas do salão eram fechadas e alguns bravos guerreiros ficavam do lado de fora lutando contra a Armada das Trevas. Em meio a grande Sala do Trono, alguns guerreiros afiavam as suas espadas, outros tentavam se recuperar e outros tinham o seu fim ali mesmo. Não demorou para que das escadas descesse o Mestre, um membro de alta importância dentro dos grandes palácios dos reis, atuando geralmente como conselheiros. Muitos os consideram loucos e outros os consideram bruxos. Mas sabe-se mais que tudo que os Mestres são detentores de um grande conhecimento, em sua maioria, conhecimentos que podem ir além dos flagelos do mundo.

Solaris: A Era das TrevasOnde histórias criam vida. Descubra agora