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Connor C

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Connor C. James

- Connor - ela diz, assim que desce da moto

Eu tiro meu capacete observando ela que está seria. Como eu imaginei que estaria.

Nesse tempo, nevando, demoramos o dobro para chegar ao seu dormitório. Um caminho curto, que pareceu ser o mais longo que já peguei.

Tudo por conta de um clima tenso.

Tenso por causa de uma única pergunta.

- Você não vai me responder? - Ela pergunta

Eu respiro fundo, sentido minhas habituais frustrações presente nesse momento.

- Deixa isso pra outra hora, Anelise - eu digo, seco. Não foi minha intenção, mas quando notei já havia soado assim.

Ela arregalou os olhos pra mim, e então deu dois passos para trás.

- Então, tchau.

Eu suspiro irritado

- Não me diga que está brava?

- É claro que estou brava.

- Só não quero conversar sobre isso agora, Evans.

- Se não agora, quando? caramba, você sabe tudo sobre mim e eu sei o que de você? o mínimo do mínimo.

- Anelise

- Estou mentindo, Connor? - me desafiou com a dizer um "sim" apenas com o olhar

- Eu só não quero conversar isso agora - Falei friamente e olhei para seu dormitório - Melhor você ir.

Ela assentiu, demorou de responder mas quando respondeu, disse:

- Acho que isso foi um erro.

- O que foi um erro?

- Isso de ter um relacionamento. Eu confio em você, mas você não confia em mim, está tão óbvio que não estamos na mesma sintonia, Connor.

- Não é questão de confiança, Evans

- É questão de quê? em menos de uma hora já discutimos por causa de um abraço, e agora estamos entrando em outra porque você não quer me mostrar mais de você!

- Em menos de uma hora atrás você estava abraçando alguém que há poucos dias estava sentado com você numa mesa querendo você! - Explico irritado - Eu já pedi desculpa, Evans. Quer que eu faça mais o quê?

- Quero que confie em mim, Connor! Poxa, você conhece a pior parte de mim que é minha família, e eu mal conheço você porque você não me permite conhecer você.

- Você acha que as corridas e o bar do Grey foram o quê? Coisas importantes pra mim que só você sabe, Evans!

- Eu quero mais, Connor.

- Tipo o quê? saber a história da minha familia? Saber por que eu sou o cara mais filha da puta que conheceu? - perguntei irritado

- Isso, é exatamente isso que quero saber!

- Evans - Eu digo, fechando os olhos e abrindo segundos depois - Vamos deixar isso pra depois.

- Depois quando, Connor?

- Depois.

- Ok, vai no seu depois - Ela disse irritada e jogou os cabelos para trás

- Evans!

- James!

Neguei com a cabeça repetidas vezes, bravo.

- Tem razão - Girei a chave - Não estamos na mesma sintonia. Somos diferentes demais em todos os sentidos, você não me entenderia.

- Não, Connor. As pessoas são diferentes umas das outras porquê elas que se limitam, e é exatamente isso que está fazendo com nós dois. E como você espera que eu te entenda se não ousa ao menos me explicar?

- Chega, Anelise.

- É, chega mesmo. Disso tudo.

- Do que está falando?

- Desse relacionamento que mal começou. Se estamos assim agora imagina daqui meses? Isso não vai dar certo, pra quê adiar o inevitável?

Eu soltei uma risada, amarga

- Puta merda, Evans.

- Você está rindo do quê? - rosnou

-  É melhor você entrar, Evans. Está frio.

Ela negou com a cabeça, repetidas vezes assim como eu fiz quase agora. Sem acreditar.

- Você é um idiota!

- Evans

- Tchau, Connor. - cuspiu, e saiu pisando duro.

Eu não sei o coração dela, mas o meu bate tão forte que mal consigo assimilar o que de fato acabou de acontecer. Minha raiva é tão forte que é impossível esquecer o que quer que tenha acontecido.

Acho que é isso. Acho que de fato eu fui precipitado quando pedi para que ela fosse minha.

A gente não combina. Porra, está tão na cara, sempre esteve e eu não quis enxergar.

Acabou o que mal começou.

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BELO, CONNOR.Onde histórias criam vida. Descubra agora