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SEGUNDA-FEIRA

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SEGUNDA-FEIRA

Anelise Evans

A manhã inteira na Universidade só corria dois assuntos de boca em boca.

Os jogos de sábado, que segundo todo mundo pode ser dito como o melhor jogo dos últimos tempos. Primeiro que o time de vôlei ganhou um troféu, os times de ginástica artística conquistaram uma vaga em uma competição nacional, e, o time de futebol americano conhecidos como gaviões venceram mais uma rodada de jogos.

Eu honestamente não entendo nada. Independe do esporte, não entendo absolutamente nada. As vezes vejo Stacy gritando com o pai dela pelo telefone numa aposta tensa entre o time de futebol comum dela versus o time do pai. Já vi Amber explicar as táticas de jogos do Brad para os colegas de turma dela e em todas essas vezes fiquei boiando.

O outro assunto é a neve caindo do céu, o mês de dezembro está mais frio do que esperado. Me vejo louca para outras experiências fora do comum da minha realidade.

Fora dos vestidos chiques. Saltos caros.

Pela primeira vez na vida entendi que diversão não se baseia nas coisas materias, e sim naquilo que a gente quer. Diversão. Ela é tudo aquilo que nos faz alegre por alguns minutos.

Agora percebo, que em meus dezenove anos de vida vivi em uma bolha, imposta pelos meus pais que nunca sequer ousei sair.

Sempre fiz de tudo para ser rebelde para eles, chamar suas atenções. Nunca nada deu certo, não da maneira que esperava.

Eu sou privilegiada, sei disso. Tenho pais ricos. Tenho a faculdade paga. Não preciso arrumar emprego tão cedo para me sustentar.

Acho que por isso eu sou tão leve e talvez, feliz. Porquê eu sei que sou uma pessoa previlegiada, ao contrário de muitas pessoas que se matam no trabalho dia e noite para ter o mínimo do mínimo da vida que desejam.

Eu tenho direito de reclamar dos meus problemas, mas tenho que ter empatia pelo próximo também.

Dou graças a deus por não ser igual aos meus pais.

Isso me mataria. Ser fria e sem coração, pode estar no meu sangue mas não me faz ser igual eles.

Meu Deus, Anelise, como entrou nesse assunto? - a voz do meu subconsciente pergunta

Dei de ombros como se estivesse falando com outra pessoa e não fosse eu mesma. Eu preciso me tratar. Vou perguntar para a Amber que estuda psicologia se é normal falar sozinha.

BELO, CONNOR.Onde histórias criam vida. Descubra agora