capítulo 4 ~ Mistérios personificados

55 3 0
                                    

Quem ja estar acompanhando Recomendo ler novamente o cap passado 4 anestésicos..
UM pequeno bônus.

Eu coloquei a pouco tempo e não sei se o wattpadd informou a mudança...

obs:  CAPÍTULO EXTENSO 🔊

                ☆*☆*☆*☆*☆

Uma representante da escola se aproximou do pátio. com um sorriso gentil e bem direta sobre as regras me direcionou até o 3° ano do ensino médio e no meio do ano. sabia que teria olhares curiosos na sala como em todas as outras escolas.
As pessoas me encaram com suas sobrancelhas arquiadas , algumas sorriem falsamente esperando o mesmo sorriso de volta e como sempre, devolvo o gesto de educação . outros comentam, riem, talvez piadas e olhares curiosos e julgadores por todos os lados, um dos problemas do silêncio é que seus olhos ficam amplamentes mais atenciosos e observadores.

Nunca entendi se observar o comportamento humano era algo bom ou ruim, pois pessoas são em geral cópias uma das outras. sei que deve estar dizendo , essa menina só pode ser uma louca solitária. mas na realidade eu não as entendo. Acho que os livros não tem detalhados o que acontece por dentro de cada ser humano.. não os ossos , pulmões ou todo sistema , mas sim a alma , os pensamentos ... de onde surge tudo isso? Li uma vez algo como " passamos tanto tempo ao lado de pessoas e mesmo assim elas são um verdadeiro mistério " as únicas pessoas que me cativam e eu entendo, são aquelas que eu leio com as voz do pensamento nas páginas dos livros.

Entrei na sala e como sempre, várias pessoas observa como uma nova espécie descoberta, e bom a sala era confortante em geral, uma cor simples de um tom de amarelo e as janelas amplas, o que dava uma boa visão do pátio principal. Me sentei perto de uma das janelas. - pensa positivo kira,não sabemos como , mas só pensa - enquanto falava gesticulando apenas os lábios, sentia o cabelo grudando de leve nas bochechas.sim! odeio admitir,eu tava nervosa,me sentia um ser diferente naquele ambiente. As pessoas repetiam os atos como em qualquer lugar... sorrisos , olhares, julgamentos como sempre. Mas pela primeira vez não queria me sentir daquela maneira.

o sinal alertava o início da primeira aula.

Quando o sinal parou, anunciando um pequeno atraso do professor que diferente do que eu esperava entrou de uma maneira imperativa e ofegante.
Ele parecia um aluno com cabelos emaranhados de um tom de castanho , óculos e olhos com olheiras visíveis e profundas. com vários papéis e livros nas mãos. Sua bagunça deu lugar a mesa grande e vazia da sala. e então se encostou na mesma e cruzou o braço.
- B bom dia galera!-- dava pra ver claramente o desespero e um pouco de cansaço estampado nos olhos do tal professor. Sentir uma irônica vontade de rir, mas não por ele, mas pela maneira que estava perdido. anunciou a matéria que ensinava, História, explicou que seríamos a primeira turma que ele ensinava e que odiava a ideia dos professores não serem intensos em relação a matérias que mereciam a verdadeira atenção. Pensei que pelo menos não era a única da nova espécie de E.T a ser apresentada.
- quem aqui é kira Melg ? Bom, moça das bochechas de pimenta- A turma caiu em crise de riso com o comentário. Não sei qual era o problema mental daquela turma.
Levantei o dedo com uma certa vontade de correr daquela sala e voltar para casa... como assim? que o único professor que parecia ser diferente de todos estava fazendo? Caçoando de mim? meu sangue fervia e eu já estava corando em um nível elevado. É... não tem jeito as descontroladas mudança de tom. E ainda vou ser obrigada a me direcionar a palavra.
-- quer se apresentar? Antes da aula começar? Depois da Mika, eu me apresento e explico o que será estudado -- Grr... como odiava aquela sensação,e ainda tinha a audácia de errar meu nome simples e prático. Então em um impulso...

- É.. sou Kira Melg, tenho 17 anos... sou de uma cidade distante , expectativa de vida não sei , sonhos, não sei , hobbe , não sei também, como metade de vocês, so quero acabar essa tormenta e a droga do ensino médio... e como todos vocês que não estão um pingo interessados em meus sonhos, mas saber que nada sei já me faz ser mais sábia que a maioria de vocês que só olham para os outros julgam ou caçoam de outras pessoas que não tem nada aver com seus míseros problemas.

A sala fez um silêncio uníssono. meu escudo contra a turma estava armado e espero que tenha atingido o tal professorzinho que não tinha nem nome para colocar um conceito.então ele quebrou o silêncio com um:
- uaau... minha vida é assim como ela disse, míseros problemas...assim mesmo insignificante, vou aproveitar para dizer. Me chamo Willyan Bilmer, tenho 19 anos .... e minha história de como parei aqui com 19 anos é longa e chata e insignificante como as tais palavras, bom é meu primeiro dia aqui e beleza galera fim da aula.

Algumas pessoas começaram a falar em um tom baixo e começaram a sair da sala, A turma não reclamou da liberação, eu não levantei , estava com certo receio de encarar a turma. deixando apenas o professor e eu. Fiquei quieta e bateu um certo arrependimento. Não costumo ser de tão esquentada ou explosiva. Sou neutra, mas me sentir inerente e birrenta como raramente sentia. Sentia também desnorteada e sem entender como em menos de meia hora de aula o professor teve tal audácia e isso afetava meus nervos.não queria encarar minha turma. Então apenas fiquei parada.

O professor se jogou na cadeira que lhe pertencia e segurando um livro com uma capa vermelha ,começou a passar as páginas com uma velocidade fora do comum pronunciando palavras como" estigma , insignificância, especulações ... " o foco era tamanho que chegava a ser esquisito ( e achar algo esquisito era muito estranho para mim)
E era como se eu não estivesse ali. Ele simplesmente me ignorou como se meu silencio tivesse virado uma capa da invisibilidade, eu era mais um corpo sem importância, apenas um objeto imóvel na sala. E como aquilo era agonizante.
Ele respirava de uma maneira como se faltasse ar nos pulmões e várias vezes soltava o ar como se bufasse, mas ele não parecia estar bravo, ele apenas estava distante, eu não sabia se ele notava a minha existência, eu não sabia eu nunca tinha visto isso em um ser humano e aquilo era perturbador.
  
-----------

Perdão algum erro ^^








Contra O Ar Da Gravidade Onde histórias criam vida. Descubra agora