O QUE ?|9

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- espero conseguir tirar suas duvidas Nathalie, se me permite me apresentar me chamo Dr.Gabriel Alexandre.

- bom dia doutor, eu acho- ele aparentava ter 40 anos ou mais, cabelos pretos e curtos, óculos redondos e um sorriso engraçado.

- de acordo com meu relógio são 11:08 da manhã então sim, bom dia.

- eu vou poder ir para casa hoje?- ele observa o papel em sua mão

- infelizmente não, mas isso vai acontecer em breve eu posso lhe garantir - ele me da um sorriso acolhedor.

- bom, eu conto ou você prefereque seus parentes contem?- ele olha para minha mãe.

- pode me contar por favor.

- pois bem, nos achamos que enquanto a senhorita pulava de seu quarto para ir visitar sua amiga escondido de sua mãe - ele dá enfase ao "escondido de sua mãe"- você possa ter arranjado esse corte. O objeto que nos acreditamos ter sido um ferro pontudo, acabou também arranhando seu osso espinhal e te fazendo perder quase 2 litros de sangue por conta da fenda. Sua sorte é que seu sangue é bem fácil de se encontrar.

E lá estava eu, perplexa com toda a notícia e já sabendo exatamente o objeto que me atravessou no percurso da volta. Olho em volta e vejo Jack e minha mãe me olhando de um modo... diferente do modo que me olhavam.

- Dr. O que isso significa exatamente?- ele dá uma pausa antes de prosseguir

- isso significa que a senhorita vai ficar um tempo sem poder se locomover com seus próprios pés- cada palavra a mais parecia um tiro para mim, como poderia ter acontecido comigo ? Tudo que eu queria era ajudar

- espera... oi ?- creio que o choque fez com que eu falasse mais calma e baixo do que imaginei.

- não se preocupe, não é permanente seu corpo está exausto por conta da perca de sangue e rachadura no seu osso, ele só precisa de uma pausa por um tempo- eu não conseguia olhar para ninguém naquela sala.

- vão ser 3 meses se você nos ajudar e comparecer aqui mais vezes para algumas sessões com nossa psicóloga.

- O QUE ? 3 meses...- minha boca secou, meus batimentos estavam tão tão acelerados, minhas mãos tremiam e uma lágrima ameaçava descer.

- eu sinto muito Nathalie, vou deixar você com sua família e mais tarde eu volto para saber como você está ok ?- eu concordo com a cabeça e assim ficamos a sós.

- minha filha... eu não deveria ter te proibido de ir eu... - ela é brutamente interrompida

- eu não quero ouvir mais uma palavra, não quero abraços, beijos, ou qualquer tipo de pena que vocês acham que devem ter, agora eu quero ficar sozinha- minha voz era baixa porém firme.

- eu não posso abandonar você

Nathalie Onde histórias criam vida. Descubra agora