Capítulo 27

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Capítulo 27

O intervalo de tempo de alguns anos pode ter o poder de distorcer uma vida inteira.

- Sei lá de onde tirei, mas não é minha

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Christian escutou o familiar toque do computador de seu escritório anunciando que havia chego outro email, e ele sabia que era de Welch, seu acessor de segurança. O Grey havia deixado o funcionário a dispor de Elena, e a loura estava fazendo o homem trabalhar como um condenado nos últimos dias, a procura da mãe biológica de Ana. Com certerza nenhum dos três imaginava que existia tantas Carlas Steele pelos Estados Unidos, isso, claro, levando em conta que a mulher ainda residisse no país.
Christian tirou os olhos do contrato enorme e maçante que lia e mirou a caixa de entrada de seu email, já na tela do computador. Mais uma vez era Welch, com mais um relatório de uma Carla Steele. Antes que Christian pudesse abrir o email, seu celular vibrou três vezes seguida, anunciando uma chuva de mensagens. A palavra Mia brilhou no aparelho e ele clicou no ícone sem hesita.

Ana vai para casa. ❤❤❤❤

Mamãe vai fazer um jantar.

Você está convocado, não aceito um não, é véspera de Natal.

Aquela era a forma gentil de Mia em colocar Christian perto de Ana o tempo todo, a garota nem disfarçava. Mas sinceramente, o Grey tbm não se importava. Não que ele ficasse o tempo todo pensando em Ana, ou em como quase entrou em choque quando viu o sangue na cabeça da garota, ou como ela estava muito parada e fria naquela cama de hospital, repleta de aparelhos... Ou como ela beijava bem. Okay, não era o tipo de pensamentos que ele deveria ter naquele momento, não quando a morena finalmente iria sair do hospital depois de três dias internada. Ele não a visitou mais, apenas a viu quando a garota pôde receber visitas e estava desacordada. Hospitais não eram a praia de Christian, assim como ver Ana tão pálida e parada naquele quarto branco. No momento em que ele teve certeza de que Ana estava mesmo bem, bom, bem o suficiente para nao morrer nos próximos minutos, ele saiu daquele hospital e voltou para Seattle.

Sua mãe entendeu, claro, seu pai... Mas Elliot não, muito menos Kate ou Mia. Eles se juntarem num trio contra Christian, aquele que simplesmente não podia deixar a empresa multimilionária dele nem mesmo por alguém que deveria ter algum tipo de consideração.

Ele não tentou explicar também, e só deixou para lá. Então aquele era um ultimato de Mia, ele deveria pedir desculpas à Ana, mesmo que com certeza nem deveria estar ligando se ele estava lá ou não nos últimos dias em que provavelmente teve de ser furada, espetada, colocada em máquinas. Ele não gostava nem de pensar. A garota havia sido transferida para Seattle dois dias depois de dar entrada do hospital de Los Angeles, e mais ficou no Mercy Seattle para observarem se não houve alteração em seu quadro. Pelo menos era o que Grace lhe contou sem ele ao menos perguntar. Para Christian, sentimentos sempre foram uma zona difícil, demonstrar então. Sua mae entendia aquilo, ele nao tinha que ligar para perguntar como ela estava ou se precisava dele, sua mae sempre aquilo esporadicamente, ela lhe mandava mensagens, lhe mandava até fotos da família, e ele continuava na dele. Com Mia era diferente, ela era sensível e extrovertida, ela queria que ele lhe dissesse tudo e demonstrasse tudo. E aquilo fazia Christian surtar.

De qualquer forma, ele deixou a empresa mais cedo, seguiu para o Escala tendo Taylor dirigindo o Audi, assim podendo ver seus emails.

50 Tons de MentirasOnde histórias criam vida. Descubra agora