Capítulo 33

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"E apesar de todas as coisas que eu já fiz eu acho que te amo melhor agora, estou escondido, perdi a cabeça, eu farei qualquer coisa por você na hora que precisar e te manterei protegida da tempestade que está soprando agora." 

- Edinho Sheeran My Preciosous

Foi um daqueles momentos tensos em que ninguém fala nada e só espera você responder

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Foi um daqueles momentos tensos em que ninguém fala nada e só espera você responder. Constrangedor. E Ana não respondeu. Ela apenas passou a mão pelo rosto, o cansaço chegando ao limite, e saiu do quarto sem ao menos se despedir.

Ela não estava sendo egoísta - pelo menos era o que achava - ela só nunca imaginou que aquilo poderia acontecer. Que de todo o mundo, talvez 5% dele fosse 100% compatível com Ana, e uma dessas pessoas era o Christian?

Como? Por que o mundo tinha essas coisas? Por que parecia que o destino queria colocar ela junto dele da forma mais literal possível?

Ela queria gritar com o mundo, queria quebrar as coisas, queria brigar, queria bater no peito e dizer que não precisava de nada daquilo.

Mas foi só ela chegar do lado de fora do quarto, que teve que se sentar, se sentindo tonta, a cabeça girando, as mãos completamente frias e pegajosas.

Como ela  podia ser durona daquele jeito?

_ Amiga, o que houve? Você está bem? - Mia questionou, sentando-se ao seu lado de repente.

Ana engoliu em seco, a tontura passando.

_ Eu estou assim. Eu preciso ir num lugar agora, nos falamos depois - a morena se levantou, dessa vez sem nenhuma complicação, e sem esperar resposta, andou apressada pelo corredor.

Pela primeira vez não queria falar com Kate, não queria expor seus sentimentos ou qualquer coisa assim para alguém que iria lhe ouvir e dizer que aceitava o que ela quisesse fazer. Ana queria que alguém decidisse por ela, e não uma plateia que aplaudia todos os seus erros e acertos.

Ela precisava de ajuda e não de conselhos.

Era exatamente 10h21min da véspera de ano novo.

Destino ou não, havia um táxi vazio bem na frente do hospital. Destino ou não, na porta do consultório 2 do andar 17 do prédio La Mar havia uma plaquinha com a  palavra LIVRE.

A secretária do andar sorriu para ela antes de questionar sua visita, pois não havia nenhuma hora marcada. Ana podia sentir a necessidade dela em perguntar sobre sua vida, mas viu sua educação em apenas assentir e deixar que Ana entrasse já que não havia nenhum paciente.

Sem cerimônia a garota bateu uma vez na porta de vidro e entrou. A mulher estava lá, sentada na mesma cadeira de sempre, com foto de sua família perfeita em cima da mesa e várias post it colados na lateral da madeira. 

50 Tons de MentirasOnde histórias criam vida. Descubra agora