Tinha hora que eu não entendia esse homem. O que ele queria? Que eu andasse com aquilo na cintura?
Eu me arrumei um pouco brava e batendo nas coisas.
Coloquei a calça legging, um top nos seios e uma camiseta. Os tênis nos pés.
Depois desci as escadas e encontrei Ângelo saindo do escritório.
— Estou pronta, senhor estressadinho! — Coloquei a mão na cintura.
Ele olhou para mim e riu desconcertado
Rolei os olhos.
— Para onde vamos? — Ele estendeu a mão e eu aceitei de bom grado.
— Para os fundos da casa. — Atravessamos a casa pela cozinha, encontrando Max, Enzo e Alex nós esperando.
— Olá, meninos! — cumprimentei a todos e seguimos para os fundos da casa.
Lá estavam montados os alvos.
— Vocês vão atirar primeiro para me mostrar como é? — Olhei para Ângelo.
— É isso aí. — ele apontou para Enzo. — Ele vai começar. Max vai apitar e ele começa, depois sou eu, quero que observe cada movimento, não olhe para os alvos, olhe para o modo como agimos, tudo bem?
— Certo, estou prestando atenção! — eu disse animada.
Enzo se posicionou na linha vermelha, engatilhou a arma esperando o sinal. Ângelo mostrou para mim a numeração que Enzo deveria seguir. Max deu o sinal e o rapaz saiu atirando, procurando os alvos sem abaixar a arma, preciso em seus tiros. Ao terminar ele voltou para junto de nós. Agora era a vez de Ângelo, que se posicionou esperando Max levantar os alvos que haviam caído com os acertos de Enzo. Ele me olhou antes de começar, Max deu o sinal e ele começou a atirar, praticamente sem sair do lugar, acertou rapidamente cada alvo, deixando claro que ele era bom e rápido no gatilho, mesmo o alvo estando um pouco mais longe.
— Agora é a sua vez... — ele ficou atrás de mim, me fez respirar fundo várias vezes. — Mire no primeiro alvo, respire, prenda a respiração e atire, lembre-se que a arma vai dar um coice.
— Tá bem! — segurei a arma que Ângelo me passou e estava quente por ele ter acabado de usá-la.
Ângelo ficou me cercando preocupado. Olhei para Max e ele acenou que eu podia atirar. Mirei e dei o primeiro tiro. A arma quase caiu minha não com o coice e eu fiquei ofegante e tremendo.
— Tudo bem, eu não gostei dessa coisa! — disse ofegante. Max riu.
Ângelo ficou atrás de mim, segurou a minha mão que estava na coroa, e disse baixinho no meu ouvido.
— Respire devagar, mire no alvo... — E levou a outra mão a minha barriga, por baixo da camiseta, prendi o ar e no susto atirei, acertando o alvo, sentindo menos o coice da arma.
— Seria bom estar sempre comigo nesses momentos, não? Assim eu não erraria nunca o alvo! — Ângelo riu e percebi que os seguranças olhavam para os lados, nos dando um pouco de privacidade. Meu rosto esquentou.
— Gosta de sentir minha mão em sua pele? — ele beijou o meu pescoço. — Imagina você com uma metralhadora e eu com a mão na sua boceta.
— Minha nossa, Ângelo! — eu ri tentando me livrar da cena. — Você é um pervertido. — Ele beijou meu pescoço e me encolhi sorrindo. Ele voltou a firmar minha mão e eu mirei no alvo novamente.
Atirei, acertando o alvo um pouco mais em cima. Nada de acertar o meio do alvo ainda.
Ângelo afrouxou os braços e me deixou pegar intimidade com a arma.
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Vinho e confusões COMPLETO
RomanceEra para ser um enterro como outro qualquer. Triste, com choros e vinho. Mas Ângelo Palumbo não pensava igual na parte da tristeza. Afinal, ele estava ali para ver se a pessoa a quem cresceu determinado a odiar tinha mesmo morrido. Eloah Calvazzara...