38 - Eloah Calvazzara

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Tinha hora que eu não entendia esse homem. O que ele queria? Que eu andasse com aquilo na cintura?

Eu me arrumei um pouco brava e batendo nas coisas.

Coloquei a calça legging, um top nos seios e uma camiseta. Os tênis nos pés.

Depois desci as escadas e encontrei Ângelo saindo do escritório.

— Estou pronta, senhor estressadinho! — Coloquei a mão na cintura.

Ele olhou para mim e riu desconcertado

Rolei os olhos.

— Para onde vamos? — Ele estendeu a mão e eu aceitei de bom grado.

— Para os fundos da casa. — Atravessamos a casa pela cozinha, encontrando Max, Enzo e Alex nós esperando.

— Olá, meninos! — cumprimentei a todos e seguimos para os fundos da casa.

Lá estavam montados os alvos.

— Vocês vão atirar primeiro para me mostrar como é? — Olhei para Ângelo.

— É isso aí. — ele apontou para Enzo. — Ele vai começar. Max vai apitar e ele começa, depois sou eu, quero que observe cada movimento, não olhe para os alvos, olhe para o modo como agimos, tudo bem?

— Certo, estou prestando atenção! — eu disse animada.

Enzo se posicionou na linha vermelha, engatilhou a arma esperando o sinal. Ângelo mostrou para mim a numeração que Enzo deveria seguir. Max deu o sinal e o rapaz saiu atirando, procurando os alvos sem abaixar a arma, preciso em seus tiros. Ao terminar ele voltou para junto de nós. Agora era a vez de Ângelo, que se posicionou esperando Max levantar os alvos que haviam caído com os acertos de Enzo. Ele me olhou antes de começar, Max deu o sinal e ele começou a atirar, praticamente sem sair do lugar, acertou rapidamente cada alvo, deixando claro que ele era bom e rápido no gatilho, mesmo o alvo estando um pouco mais longe.

— Agora é a sua vez... — ele ficou atrás de mim, me fez respirar fundo várias vezes. — Mire no primeiro alvo, respire, prenda a respiração e atire, lembre-se que a arma vai dar um coice.

— Tá bem! — segurei a arma que Ângelo me passou e estava quente por ele ter acabado de usá-la.

Ângelo ficou me cercando preocupado. Olhei para Max e ele acenou que eu podia atirar. Mirei e dei o primeiro tiro. A arma quase caiu minha não com o coice e eu fiquei ofegante e tremendo.

— Tudo bem, eu não gostei dessa coisa! — disse ofegante. Max riu.

Ângelo ficou atrás de mim, segurou a minha mão que estava na coroa, e disse baixinho no meu ouvido.

— Respire devagar, mire no alvo... — E levou a outra mão a minha barriga, por baixo da camiseta, prendi o ar e no susto atirei, acertando o alvo, sentindo menos o coice da arma.

— Seria bom estar sempre comigo nesses momentos, não? Assim eu não erraria nunca o alvo! — Ângelo riu e percebi que os seguranças olhavam para os lados, nos dando um pouco de privacidade. Meu rosto esquentou.

— Gosta de sentir minha mão em sua pele? — ele beijou o meu pescoço. — Imagina você com uma metralhadora e eu com a mão na sua boceta.

— Minha nossa, Ângelo! — eu ri tentando me livrar da cena. — Você é um pervertido. — Ele beijou meu pescoço e me encolhi sorrindo. Ele voltou a firmar minha mão e eu mirei no alvo novamente.

Atirei, acertando o alvo um pouco mais em cima. Nada de acertar o meio do alvo ainda.

Ângelo afrouxou os braços e me deixou pegar intimidade com a arma.

Vinho e confusões COMPLETOOnde histórias criam vida. Descubra agora