Capítulo Doze

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Marcos Dawson:

Dito e feito, ao chegar em casa após pegar as crianças na escola, já avistei o carro do meu pai estacionado em frente à porta de casa. Ele fez questão de deixar claro que estava ali, provavelmente porque tinha a chave de casa.

Estacionei em frente à minha garagem e ajudei os meninos a descerem do carro, tudo isso enquanto ignorava meu pai, que tinha uma expressão claramente irritada.

— Oi, pai — cumprimentei, passando por ele e abrindo a porta da frente.

— Oi, vovô Fred! — Mat e Brian disseram juntos, abraçando o avô.

Encarei meu pai e sabia que os netos eram seu ponto fraco quando se tratava de acalmá-lo e impedi-lo de me repreender.

— Por que está bravo, vovô? — Brian perguntou.

— O que aconteceu, vovô? — Mat perguntou.

— São seus bebês? — Brian perguntou.

— Nada, queridos! Estou bem, assim como meus bebês — meu pai respondeu. — Por que não vão brincar lá dentro enquanto falo com o Marcos!

Os meninos não discutiram, afinal, tinham muito respeito pelo avô, e entraram. Meu pai me encarou quando ficamos sozinhos.

—  Então o senhor transou com o pai do seu filho —  Meu pai falou. —  Marcos, você percebe o que pode acontecer? Edu pode descobrir sobre o Mathhew e levá-lo para aquela família de cobras dele! Filho, eu entendo o que você sente em relação ao Edu, depois do que ele contou, mas ele vai levar o Mathhew para perto daquela maluca da Lisa.

Fiquei confuso, pois ele parecia ter certeza do que sentia de uma maneira errada.

— Pai, eu não sinto nada por ele, além de um sentimento de culpa por não ter percebido os sinais naquela época. —  Falei. —  Agora foi só uma noite, ambos bêbados!Em relação ao Mat, eu vou lidar com isso. Agora preciso ir cuidar dos meninos. Você vai ficar aqui ou vai embora?

— Vou ficar aqui! — papai respondeu. — E não se preocupe com relação a não usar camisinha! Marquei uma consulta para você com o médico daqui a duas semanas, sabia que você não tomaria pílulas.

— Como... — comecei a falar e então me lembrei de quem contaria isso. — James, aquele tagarela! Ele vai ver!

— Acho engraçado você e seu irmão pensarem que podem esconder algo de mim! — papai disse. — O pai sempre consegue descobrir algo dos filhos!

Ele se virou nos calcanhares e entrou na minha casa. Suspirei, pois sabia que não teria paz. Mas James também deve sofrer com a proteção do nosso pai.

Entrei em casa e vi meu pai sentado no sofá, e os meninos já estavam com roupas diferentes. Ambos estavam usando shorts, mas tinham camisetas de cores diferentes.

— Vovô, você sabia que meus papais vão me dar um irmão mais velho — Brian disse, na sua inocência. — Ele perdeu a família dele, e meus pais vão cuidar dele!

Parecia que Brian escolheu o momento perfeito!

Meu pai ficou surpreso por um segundo, e com certeza deve ter xingado meu irmão por não ter contado isso antes.

— Não sabia, Brian! — papai respondeu. — Seu pai não me contou, mas é ótimo que ele esteja ajudando alguém!

Sabia que meu irmão terá o que merece agora que meu doce pai sabe de tudo.

— Vou preparar algo para comermos! — disse, indo para a cozinha.

Eu sabia que, se ficasse ali, teria que responder a perguntas sobre por que meu irmão tinha escondido aquilo dele.

O valor de um Amor (Mpreg) | Livro 1 - Amores perdidos e encontradosOnde histórias criam vida. Descubra agora