Party Is Over

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O mês de abril sempre foi o de mais movimentação na minha família, aniversário do meu avô na primeira quinzena e o da minha avó na segunda, como de costume nós sempre saímos para o restaurante de massas da Ms. Stillferson, uma das primeiras pessoas que ajudou meus avós na sua chegada à Nova Orleans.

Esse ano não seria diferente, cada um em uma ponta enquanto meus tios ficavam em um lado da mesa e eu junto de Josh estávamos do outro.

Desde o escândalo do pai de Josh nós mal falávamos com eles e hoje nada irá mudar. Esperávamos o famoso rodízio de massas ouvindo mais uma vez a história de como eles alugaram a casa e com anos de esforço conseguiram comprar.

-Todo ano escutamos a mesma coisa, troca a fita, mãe.- Meu tio revira os olhos e a mais velha dali encolhe os ombros se calando.

-Uma pena que estamos celebrando o aniversário dela e ela vai contar a mesma história de novo, vocês querendo ou não.- Sorrio falsamente para os dois à minha frente os deixando vermelhos de ódio.

-Tudo bem querida, é sempre a mesma história.- Ela segura minha mão ainda evitando contato com os olhos.

-Não, continua porque ainda nem chegou na parte do meu pai.

-E vamos continuar com mais baboseiras.- Mary revira os olhos.

-Tapa os ouvidos.- Josh disse já sem paciência.

-Olha como você fala com a sua tia!- O seu pai serra os punhos na mesa.

-Olha como você fala com seus pais!- O encaro mortalmente e ele se cala.

-Continua, vó.- Meu primo sorriu para a matriarca da família a deixando extremamente feliz e ela se põe a contar as histórias enquanto recebia olhares apaixonados e risadas gostosas do meu avô.

Tentando focar totalmente na história depois de um tempo em que ela é contada, sinto minha tia estremecer à minha frente e logo reprimir os lábios. Disfarçadamente pego meu celular na mesa e a leva até em baixo da mesma com a câmera aberta e capturando uma foto.

O que eu não esperava era que Josh pegasse o meu celular antes de mim e visse primeiro. O loiro arregala os olhos e ameaça se levantar mas eu entrelaço nossos dedos o fazendo olhar pra mim.

Nego com a cabeça e ele tenta respirar fundo enquanto minha tia estremece mais uma vez. Josh me olha nos olhos e percebo que os seus estão marejados quase nos entregando à todos da mesa.

Aperto sua mão contra a minha e ele deita a cabeça no meu ombro pensando nela, com certeza. A mãe de Josh morreu antes dos meus pais, ele e eu nascemos no mesmo ano e temos a mesma ideia mas ele perdeu a mãe aos quatro anos.

Ele sempre gostava de contar suas histórias com ela, sem falar que ele parece muito com ela, o nariz e olhos definitivamente são delas enquanto todo o resto é de seu pai. Josh sofreu muito com a perda e eu lembro que no velório eu e ele jogamos seu peixe no vaso alegando que ele iria proteger ela em qualquer lugar que a mesma fosse.

Ver a foto machucou o Josh de algum jeito que eu não entendo até tomar o celular de sua mão e quase caindo para trás de surpresa ao ver que ele a masturbava dessa vez e as estremecidas deve ser porque ela chegou ao ápice.

Que nojo, que nojo, que nojo

Repetia isso na minha cabeça o trmpo inteiro enquanto me controlava para não subir na mesa e estapear os dois pela falta de vergonha na cara e respeito aos meus avós.

A comida foi servida e nenhum som saiu de nossa boca até que pagamos a conta e fomos para os carros. Meus avós não foram comigo e com Josh porque o mesmo alegou que iria na casa de Noah a convite do moreno.

-Desde quando?- É apenas o que sai da sua boca enquanto ele tenta não chorar e presta atenção no trânsito.

-Josh...

-Responde Joalin, por favor- Sua voz tremia e eu temia que ele se pusesse a chorar ali mesmo.

-Troca comigo.- Digo e assim fizemos.

Já no volante eu me ponho a falar enquanto ele encara o que estava a nossa frente, evitando contato visual.

-Um ou dois dias antes de você voltar eu tive um dos pesadelos de madrugada e resolvi ir até a casa do Noah para que eu esquecesse e ocupasse minha mente. Quando eu desci as escadas vi que eles estavam na sala e já se passava das quatro da manhã. Resolvi me aproximar em silêncio e me dei conta de que eles assistiam a um pornô enquanto... É... Enquanto...

-Eles transavam?- As lágrimas dele foram liberadas.

-Não. Enquanto ela masturbava ele.

Ele desencosta do banco e põe os braços apoiados nos joelhos cobrindo o rosto com as mãos se pondo a chorar alto e freneticamente. Estaciono o carro em uma via permitida em frente a casa de Noah, tiro meu cinto e o abraço acariciando seus fios loiros.

-Faz quase dois meses que eu cheguei, Jo e eles estão com isso a mais tempo. Ele não tem respeito por mim e nem pela minha mãe. Eu... Eu... Odeio ele.- Seus soluções eram audíveis até para quem estava fora do carro.

Ouvimos uma batida na porta e a figura morena nos encarava preocupado. Nego com a cabeça e destravo a porta.

Noah corre até a porta de Josh e o tira do carro levando o rapaz agarrado ao seu peito para dentro de sua casa. Já com o carro fechado e a chave em mãos eu corro ao encontro deles e encontro Sabina dentro de casa perdida com a situação.

-Vem comigo.- O dono dos olhos verdes leva o amado para o andar de cima deixando eu e Sabi no de baixo.

-O que houve?- A mexicana senta no sofá e eu a acompanho começando a contar tudo.

Depois de quase uma hora e meia falando tudo para Sabi e sem notícia dos meninos lá em cima eu recebo uma ligação.

-Alô

-Oi.- Reconheço a voz dele e por incrível que pareça isso me acalmou.

-Oi.

-O que houve?

-Como assim, o que houve?

-Jo, a gente tem alguma coisa à meses e eu te conheço, você está triste?

-Você é bom.- Sorrio e escuto ele fazer o mesmo.

-Algo te chateou, né?

-Ok, você venceu.- Respiro fundo e encaro as escadas.- Aconteceu uma coisa na minha família que me deixou para baixo.

-Quer conversar?

-Pelo celular não dá.- Sorrio novamente e Sabina põe o dedo na boca como se quisesse vomitar.

-Quer vir aqui em casa? Assim você pode conhecer os meus pais que estão doidos para te conhecer.

-Quer saber, eu quero.





Eita atrás de eitaaaaaaa hahshshxhdhbahshshs

TÁ CHEGANDOOOOOO.

Obrigado pelos desejos de feliz aniversário, obrigado mesmo.

ATÉ TERÇA!!!!!!!!

RevengeOnde histórias criam vida. Descubra agora