Be Mine Today

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Nova Orleans possui muitos atrativos que a tornam um destino incrível, no entanto, muitas pessoas a procuram motivadas por uma característica pouco convencional: a cidade é considerada a mais mal-assombrada do mundo!

Fundada em 1718 por colonizadores franceses, a cidade também passou pelas mãos dos espanhóis antes de finalmente se tornar parte do território norte-americano em 1803. Por lá não são visíveis apenas as influências deixadas por seus colonizadores europeus, mas também por africanos e caribenhos, povos que também fazem parte da história da cidade.

Ainda nos anos 90 um casal composto por um americano e uma finlandesa vieram se abrigar nesse território repleto de histórias, vinte e quatro anos depois agora com eles mortos a menina jurou que iria acabar com os mandantes da morte dos pais. Agora não só por ela ou pelos pais, mas sim também pelo homem que entrou em sua vida de uma maneira tão louco quanto o plano que tinha em sua mente.

Me encarava no espelho do carro dando graças aos cosmos e aos deuses pela criação da maquiagem que me permitiu esconder a minha feição cansada e destruída de ontem. Respiro fundo e saio do automóvel entrando na recepção do prédio como se nada tivesse acontecido.

Era mais um dia monótono para os que ali trabalhavam, mais um dia de fofoca, ou de trabalho mesmo, talvez até mais um dia tedioso. Mas para mim não e nem para eles. O elevador para no andar que eu pedi e assim eu saio dali encarando agora as nojentas que ficavam na recepção e sempre me olhavam torto, mas hoje eu tinha motivo.

O meu cabelo estava com as pontas onduladas e preso em um rabo de cavalo com apenas duas finas mexas soltas no meu rosto. No meu corpo estava um blusa com alças finas e de seda assim como o resto da peça, ela era simples mas elegante e linda sem nenhum detalhe, apenas o branco brilhoso e liso. Para fazer jus à blusa, visto nesse momento uma saia justa as minhas pernas com cumprimento a cima do joelho. Os altos eram lindos, apenas uma tira em cima e a abotoadura ficava em torno do meu cotovelo e era preto e liso, simples e lindo, assim como a blusa.

Me aproximo da minha mesa e Sofya está na dela ainda com sua bolsa em mãos como se acabasse de chegar. Cumprimento a loira que me recebe com um sorriso angelical.

-Como foi a noite? Dormiu bem?- Ela me perguntou e eu sento na minha cadeira.

-Você nem imagina o quanto.- Sorrio e ligo meu computador.

-Joalin.- Vanessa sai da sala e encara nos duas com metade do corpo para fora.- Vem aqui, por favor.- Ela volta para dentro e eu reviro os olhos recebendo um tapa de Sofya que se contorcia para não rir.

Me levanto calmamente e sigo até lá encontrando só ela.

-Bom dia.- Digo após fechar a porta e ficar ali mesmo com a postura ereta, mãos dadas a frente do corpo e um sorriso cínico

-Cala a porra da boca e me responde onde está o meu marido.

-Ué? Ele não voltou para casa depois de me arrastar para um casa na fronteira com a cidade vizinha?

-Ele o que?

-O seu maridinho me levou para uma casa abandonada e me amarrou na porra de uma cadeira perto de um buraco no sótão.

-Filho da puta teimoso.- A mais velha ali bate com as duas mãos na mesa demonstrando raiva e desespero.- Ele ainda está lá?

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