his boyfriend 💌 jaeyong

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Os dias passavam cada vez mais rápido e o casamento estava se aproximando aos poucos eu sentia menos vontade de voltar para casa, mesmo com alguns contratempos e uns problemas aqui ou ali que envolvem minha filha e os agregados — Taeyong e Seungyoun — me sinto cada vez mais em casa, mais presente onde eu costumava morar e mais próximo das minhas irmãs e da minha mãe novamente.

— Hoje vamos pegar um grande polvo, quero fazer uma surpresa para a sua mãe.— Hyeongsuk disse marchando contente com seu grande balde e sua linha de pesca gigantesca e grossa. A última vez que pesquei foi em uma aula no ensino médio e nem fazia tanto tempo assim.

— Não seria mais fácil se comprassemos isto no mercado municipal? Ele já vem lavado e por mais alguns wons conseguimos ele cortado.— Comento não querendo parecer chato mas ao mesmo tempo não querendo passar o dia todo ali.

— Qual é Jae, vai querer perder a magia da pesca? — Ele diz ainda com sua autoestima e humor lá onde Judas perdeu a bota.— Além do mais disse a sua mãe que te levaria para um lugar onde pudéssemos ter paz para conversarmos sem as meninas gritando o tempo todo ou a Chaeyoung se beijando com aquele namorado do cabelo desdenhado dela.

Eu ri, sempre que estávamos juntos Hyeongsuk arrumava um novo insulto para o cabelo de Taeyong — que na minha opinião é um dos melhores que ele já teve — que na opinião dele é moderno porém sujo demais pra alguém descolado como ele. Além do mais Hyeongsuk não acha que aquele é o visual de um universitário e eu concordo acrescentando mais alguma coisa e assim passamos o tempo.

— Acho o estilo do Taeyong excepcional.— Dei de ombros ajudando o mesmo a entrar no barco e me enfiando lá dentro logo em seguida.

— Sim é típico daqueles cretinos dos doramas que a Yuri fica assistindo até tarde.— Disse o mais velho e eu concordei vendo que eu não mudaria sua concepção por nada nesse mundo.— Vocês já tiveram algo por acaso?

— Como é? — Viro minha cabeça tão rápido que sinto meu osso estalar e me acusar uma dor levemente aguda.

— Perguntei se já tiveram algo, sei lá, vocês parecem se conhecer bem e também a forma que ele olha pra você entrega bastante sobre algum sentimento que ele deve sentir por você.

— A gente não se conhece. Eu achava que sim, mas nunca nos conhecemos de verdade.— Falei me esforçando para fazer o motor pegar e após algumas tentativas consegui fazendo ele espirrar água e nos arrastar mar a frente.

— Você rodeou e não respondeu o que eu te perguntei. Típico de vocês, Jung.— Hyeongsuk riu nasalmente.— Pode me contar se sentir-se a vontade.

— Acontece que houve algo entre nós mas ele simplesmente descartou no lixo quando eu viajei para Londres e nunca mais falamos.— Expliquei e ele assentiu suspirando.— Achei que nós poderíamos ter algo, eu me entreguei a ele, confiei nele, eu ficaria aqui e desistiria do meu sonho pra estar com ele se ele me pedisse, mas ele nem se esforçou.

— Já pensou que ele poderia não querer te atrapalhar por quê sabia que aquilo era importante pra você? — E então ele trouxe uma questão muito importante naquela tarde.— Quando amamos alguém, preferimos ver ela se realizar mesmo que seja longe de nós.

— Sei disso Hyeongsuk mas-

— Não você não sabe Jaehyun. Acabou de retratar o Taeyong como alguém insensível e ele não é. Assim como você também não é uma má pessoa por pensar assim dele, só é meio egoísta por apenas ver o seu lado e não o da pessoa que está do outro lado da canoa.— Respondeu o rapaz ao meu lado enquanto nos aproximavamos da aérea em que ele jogaria a linha.— Deveriam conversar e jogar verde um com o outro. Não que vocês possam voltar do nada porque agora ele está com sua irmã, mas que isso seja resolvido.

— E se o problema for o fato de ele sempre estar com a Chae e eu ser o intruso?

— Então acho que isso é bem mais fundo e bem mais complicado do que pensei.— Hye desenrola a linha e eu o ajudo.— Mas pense comigo, melhor uma conversa onde vocês possam colocar todas as pautas em mesa do que viver pelo resto da vida sendo parentes com mágoas amorosas ou coisas do tipo.— Concluiu o homem.— Agora vamos pescar!