Capítulo XXIX

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Emma

Minha cabeça doía, meus olhos pareciam não querer abrir, mas quando finalmente consegui, estava em um lugar estranho. Era um pequeno quarto, todo lilás. Eu estava deitada numa de criança nada confortável. Procurei por meu celular, mas não o encontrei. Aonde eu estou?
No quarto havia uma pequena janela, ainda era dia. De repente, a porta se abriu, e eu dei um salto e me encolhi.

Um homem alto de cabelos e olhos azuis carregava uma bandeja com algumas coisas para comer. Ele me olhou sereno.

— Que bom, você acordou. Se sente bem? — ele perguntou calmamente.

— Quem é você? — o encarei séria.

Ele tranca a porta e coloca a bandeja sobre o colchão da cama, e sentou no chão, porque não havia mais espaço ali.

— Luka Couffaine.

— Por que estou aqui? De onde me conhece, e o que eu fiz a você?

— Igualzinha a sua mãe.

— O quê?

— Não se preocupe, está segura comigo.

— Não foi o que eu perguntei!

Ele sorriu torto e arqueou uma das sobrancelhas para mim. Um arrepio percorreu por minha espinha.

— Já notou o quanto somos parecidos?

Franzi o cenho.

— Eu não acho!

— De onde acha que vem essas mechas azuis de seus cabelos? — ele se aproximou e tocou em uma mecha minha.

Rapidamente me afastei mais ainda.

O encarei e arregalei os olhos. Não seria possível.

— Você...

— Sou seu pai, Emma.

Engoli em seco.

— Eu não... não entendo.

Ele suspirou e continuou:

— Eu e sua mãe nos conhecemos há quinze anos, e ela logo engravidou. Mas não tínhamos muita condição, então não sabíamos se você seria ela ou ele — pisquei várias vezes. — Então ela teve a brilhante ideia de ir para Paris, e eu fiquei longe de você, até hoje.

— E por quê?

Eu realmente estava curiosa com aquela história.
Ele pareceu receoso de falar.

— Precisei de grana pra vazar com sua mãe. Então ia exportar drogas, mas fui pego, e Marinette disse que eu nunca veria você. Ela foi realmente um monstro. — se fez de vítima.

Meu sangue ferveu. Minha mãe não era um monstro, e ela estava certa em querer me poupar de algum constrangimento, mesmo que lá no fundo eu quisesse muito saber quem era meu pai biológico, e agora que sei que ele me sequestrou, me arrependo amargamente desse desejo.

— Você está aqui porque queria conhecer minha filha, que descobri pouco tempo que era uma linda moça.

Baixei o olhar.

Minha Pequena Emma - MiraculousOnde histórias criam vida. Descubra agora