Capítulo XXV

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Adrien agendou o dia do exame, e cá estamos nós no laboratório esperando o resultado sair, desde o dia em que mamãe soltou a bomba sobre nossas cabeças. Estávamos todos em silêncio. Emma estava encostada na parede com as mãos dentro dos bolsos do casaco, seu belo cabelo estava preso num rabo de cavalo apertado e estava cabisbaixa. Adrien estava sentado ao meu lado. Ele parecia estar bastante interessado no porcelanato do local.

— Estou com medo — admiti.

Adrien rapidamente se virou para mim e me encarou com aquelas íris verdes dele.

— Do que tem medo? — pareceu preocupado.

— Medo de Emma ser realmente minha filha.

— Por que? Vocês se gostam muito.

Meu sorriso foi inevitável. Mas logo fiquei preocupada novamente.

— Medo de ela me odiar. Eu nunca fui mãe, Adrien. Eu apenas a coloquei no mundo, e depois de um dia inteiro a procurando pela cidade, eu simplesmente parei as buscas pois já tinha desistido.

Ele colocou uma mão sobre meu ombro caído é a escorregou pelo meu braço, pousando em minhas mãos suadas devido ao nervosismo. Apertou uma delas e disse:

— Tenho certeza que saberá o que fazer. Você é uma mulher incrível, Marinette. E eu tenho certeza de que também será uma excelente mãe para Emma.

Sorri boba. Aquelas palavras aqueceram meu coração e tive um pouco mais de segurança.

— Obrigada, Adrien.

Ele me abraçou, e ficamos assim por poucos minutos. De repente, o médico chegou com o resultado numa pasta de papel amarela e nos entregou, saindo em seguida sem dizer uma única palavra.
Me afastei de Adrien e segurei o envelope com as mãos trêmulas. Era a hora da verdade.
Emma se desgrudou da parede e veio para junto de Adrien. Peguei a folha de papel dentro do envelope e comecei a ler.

— O que diz aí? — Emma finalmente abriu a boca.

Meus olhos ficaram marejados de lágrimas e eu as segurei o suficiente para dizer:

— Somos mesmo mãe e filha, Emma. — então uma lágrima escorreu.

Rapidamente, o nariz de Emma ficou vermelho, juntamente com seus olhos. Suas íris mudaram de verde para azul intenso. Então eu notei a incrível semelhança novamente entre nós duas.

Adrien sorriu e nos abraçou. De nós três, ele era o único que estava tranquilo (mas acho que a mente estava turbulada).

— Com quem... — Emma fungou antes de concluir. — Com quem eu vou ficar agora?

Eu e Adrien nos entreolhamos.

— Eu e Marinette resolveremos isso logo, logo.

Ela apenas concordou com a cabeça e falou:

— Eu vou para o carro. — pegou as chaves na mão de Adrien e caminhou até o automóvel.

Olhei para Adrien, à procura de alguma resposta.

— Quem é o pai dela?

Aquela pergunta cravou em meu coração como uma faca. Me fez lembrar do meu passado. Do meu erro terrível. Como eu havia sido tão ingênua naquela época.

— Ele é...

Ele fez um gesto com o olhar me incentivando a prosseguir.

— Ele é canadense.

— Preciso de muito mais que a nacionalidade dele, você sabe disso. — ele cruzou os braços.

— Ele foi preso um mês antes de Emma nascer, estava vendendo drogas e foi pego em flagrante. Eu estava presente. Em seguida, voltei para Paris. — falei tudo com muita vergonha. — Disse que ele nunca veria nosso filho. Eu não sabia que era uma menina até o dia do nascimento.

Tinha medo do julgamento de Adrien. Porém, ele apenas colocou as mãos nos bolsos e suspirou.

— Acredito que tudo acontece por um motivo. — falou após um silêncio assustador. — Eu só acho que...

— Sem julgamentos, por favor. Não quero me lembrar de novo da vez em que fui idiota. A única coisa boa disso tudo é a Emma.

— Sim — ele apenas concordou. — E sobre a guarda dela... não quero deixá-la ir. Eu sei que você é a mãe biológica, mas eu a criei, e a amo demais.

— Eu te entendo, Adrien... — o encarei e tentei sorrir sem mostrar os dentes. — Não quero que ela se afaste de você, jamais. Ela continua sendo sua filha também. Não quero ter que ir na justiça para que possamos resolver isso. Vamos compartilhar a guarda.

— Acho perfeito, porque também não quero brigar com você. Quero que ela crie um vínculo incrível com você.

— Você é incrível, sabia? — me aproximei dele.

— Claro! — brincou, então rimos de leve.

— Depois decidimos as semanas.

— Amanhã após o expediente?

— Como quiser.

Apertamos as mãos e ele me puxou para um abraço apertado. Aconcheguei minha cabeça em seu peito e respirei fundo. Espero que Emma me aceite como sua mãe, e que não pensei que eu a abandonei.
Mas, meu maior medo agora era Luka. Ele pegou quinze anos de prisão. Isso significava que ele já havia saído, ou estava perto disso, e poderia vir atrás de nós duas.

To Be Continued...

...
Capítulo mais curto pq hj eu tô cheia de coisa pra fazer, e pra piorar, não estou me sentindo bem ultimamente. Mas vida que segue!
Espero que tenham gostado.
Bom, até o próximo!
Bye bye

;)

(Gostam de adaptações de livros físicos para fanfics? Estou pensando em transformar um livro de romance histórico em uma fica de MLB)

Minha Pequena Emma - MiraculousOnde histórias criam vida. Descubra agora