※ Capítulo 11 ※

215 23 256
                                    

   Nemu foi até o parque onde havia feito piquenique com Yoruichi no dia anterior

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

   Nemu foi até o parque onde havia feito piquenique com Yoruichi no dia anterior. Ela sabia que lá teria uma vista privilegiada do por do sol, além de ser um lugar muito bonito. Lá chegando, caminhou ao longo da ponte de madeira que cruzava o lago que havia no parque, e quando chegou ao meio dela, sentou-se e ficou observando a paisagem. 

   Não havia ninguém na ponte além dela, mas não muito longe dali era possível ouvir o barulho de crianças jogando futebol. Sentia-se estranha, suava frio, e tinha dificuldade de respirar, no entanto, o ambiente era — por falta de termo melhor — reconfortante. 

   O sol estava quase se pondo, Nemu permanecia em silêncio sentada na ponte enquanto o vento batia em seus longos cabelos negros, que ao invés de estarem trançados como de costume, estavam soltos. Ela usava calça preta, camiseta branca e sua gargantilha de veludo vermelho a qual jamais tirava do pescoço. A gargantilha — assim como quase todos os objetos que ela possuía — era um presente de Mayuri, e mesmo tendo de aderir ao visual humano nos últimos dias, não abriu mão dela.

   Imersa em seus pensamentos, Nemu teve um leve sobressalto quando um homem sentou-se na ponte bem ao seu lado. Estavam apenas a dois palmos de distância um do outro. O homem usava camisa branca, calça preta, e segurava um blazer  da mesma cor junto aos braços. Mesmo com as roupas humanas, Nemu o reconheceu de imediato.

Ela olhava para Mayuri sem saber o que esperar, enquanto ele olhava para o lago. Eles ficaram em silêncio por alguns minutos até ele finalmente se pronunciar.

—  Vim buscar você —  anunciou, ainda sem olhar para ela.

   Nemu não sabia o que pensar, nem o que dizer, então decidiu usar suas forças para sanar sua maior preocupação naquele momento:

— O senhor leu minha carta, Mayuri-Sama? — lançou a pergunta enquanto olhava para o lago, pois temia não ter forças para fazê-lo se o encarasse. 

—  Você não precisa mudar de divisão. —  Levantou-se.  — Se formos para casa agora, chegaremos a tempo do jantar.

   Mayuri continuava olhando para o lago, o sol estava se pondo e Nemu dividia sua atenção entre o rosto do homem que amava e o lindo por do sol do mundo humano. Ela se levantou lentamente e olhou para o lago por  mais um momento. Mayuri notou o interesse dela e se apoiou no corrimão de madeira.

—  Podemos ficar mais um pouco se você quiser —  disse casualmente. — Embora eu não compreenda a graça em observar esse amontoado de hidrogênio e hélio que formam essa estrela enorme e superestimada.

   Nemu sorriu, ele não parecia estar com raiva dela, e falar desdenhosamente era o jeito dele de expressar seu bom humor. Eles observaram o sol, lado a lado, até restar uma fina linha laranja no horizonte.

— Podemos ir? —  perguntou Mayuri, olhando para ela finalmente.

—  Vamos, Mayuri-Sama — respondeu Nemu, dando um pequeno sorriso. 

A Viagem de NemuOnde histórias criam vida. Descubra agora