Nemu já não era mais a mesma desde seu renascimento. Ela sabia e Mayuri também. Após a Guerra Sangrenta dos mil anos, quase tudo havia voltado ao normal e Nemu era uma das exceções.
Ninguém nunca compreendeu o relacionamento do capitão da 12ª divis...
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Era sábado, e mesmo assim os trabalhos no Instituto continuavam a todo vapor, com a equipe em busca de Nemu. Todos temiam que Mayuri perdesse a cabeça, ele já havia quebrado alguns objetos e parecia bem mais irritado do que de costume, se não tivesse respostas sobre o paradeiro da tenente nas próximas horas, muito provavelmente começaria surtar.
Mayuri não se alimentava ou dormia, apenas buscava por Nemu, naquela semana não houve nenhuma publicação científica — ele possui uma coluna muito popular no diário da Seireitei sobre medicações, drogas e seus efeitos no cérebro — para o desgosto dos fãs e leitores assíduos, o capitão da 12ª divisão não se deu ao trabalho de escrever absolutamente nada, pois estava completamente focado em localizar sua tenente.
Akon estava preocupado com ele, e também com os demais cientistas, então colocou um sonífero no café de Mayuri a fim de que ele dormisse pelas próximas horas e obtivesse boas notícias quando acordasse.
O 3º posto da 12ª divisão era extremamente fiel ao líder, havia cometido o erro de não notificá-lo acerca do tratamento de recuperação de memórias, mas não tinha sido de propósito. Enquanto Mayuri estava em viagem não havia como contatá-lo, e quando ele voltou no sábado não houve tempo para conversar, Nemu tinha sumido no domingo a noite sem o conhecimento dele ou de qualquer outra pessoa da 12ª divisão, além de que o Instituto estava uma loucura com o recebimento das novas cobaias e início das novas pesquisas. Mais do que nunca, Akon estava sobrecarregado.
Mayuri sabia disso, e essa foi a razão que o fez poupar a vida de Akon, mas a falta de notícias estava acabando com o pouco de sanidade que ainda restava no capitão.
Akon serviu o café e Mayuri tomou mecanicamente, quando sentiu o sono chegar dirigiu-se até seu quarto no laboratório e se deitou em seu sofá cama. Estava há três dias sem dormir, então não desconfiou de nada.
— Faltam apenas duas doses para ela terminar o tratamento. — Pensou ele, enquanto sentia as pálpebras pesarem. — A essa altura ela já deve ter se lembrado daquele dia...
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Haviam se passado três meses desde o último teste de resistência do experimento 402. Mayuri havia pedido a Nemu para que não tocassem mais no assunto do beijo e assim foi feito. Eles trabalhavam o dia todo, jantavam sem conversar muito e depois se recolhiam.
