- Tens certeza de que está bem Stone? - Ducan me pergunta pela quarta vez.
'Bem' não seria a palavra certa. Eu não faço idéia do que foi aquilo, eu entrei em transe, perdi o ar dos meus pulmões.
Só queria saber quem é aquele cara, e se foi ele quem fez aquilo comigo.
Depois da seguinte pergunta "confias em mim?", eu me sinto totalmente aérea, como se uma parte de mim tivesse ficado lá no extenso corredor.
- Sim Ducan, estou bem - olho para ele tentando parecer segura de minhas palavras.
- Ok... - me olhou por mais alguns segundos, e eu não vacilei, continuei olhando em seus olhos - Vem, você disse que estava com fome - enfim desistiu de me questionar.
Começamos a caminhar em direção ao pátio onde é servida a comida.
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Depois de pegar uma porção de comida que me parecia realmente estranha, sentamos em uma mesa, um do lado do outro.
Eu remexo na minha comida com uma cara nada boa e olho pra Ducan que come com muita vontade.
- O que é isso? - olho de volta para o meu prato que tem essa papa na cor creme.
- Mingau de aveia fruta e mel - diz e me olha - A comida aqui é racionada, não temos muitos alimentos, e a maioria vem do seu mundo.
Eu olho para o mingau e para ele várias vezes.
- O que você quer dizer? - coloco um pouco do mingau na minha colher e a consistência molenga escorre pelas bordas da colher.
- Temos alguns dos nossos, os que se parecem mais com os humanos para ser um disfarce, eles buscam comida de vários portais, não tem como saber exatamente da onde vem, mas a muitos portais espalhados por aí, um círculo de flores, igual aquele pelo qual você veio - eu franzi o cenho.
Do que ele está falando? Que circulo de flores? O anel que vez eu parar aqui, tenho certeza disso.
Eu olho para o anel em minha mão, eu não o tirei desde que eu vim pra cá...
Olhar para o anel me faz lembrar do meu colar.
Meu coração começa a bater mais rápido e eu levo minha mão até meu pescoço.
Ufa está aqui, coberto pela gola da blusa, por um momento pensei ter perdido.
- Vamos experimente! - diz Ducan me tirando dos pensamentos e me incentivando a comer.
Eu olho para a comida por um momento.
- Humm... não sei não... - eu continuo remexendo o mingau.
- É muito bom você tem que provar - dito isso ele pega a colher da minha mão.
Ele não vai fazer o que eu tô pensando que vai né. Meus olhos estão arregalados e minha boca entre aberta, eu não me mexo.
- Vai só um pouco - ele segura a colher próximo a minha boca.
Eu aperto bem os meus olhos e abro um pouco mais a boca, então ele coloca a colher em minha boca.
Eu fecho a boca e puxo o conteúdo, enquanto ele retira a colher.
Tem um gosto doce, com uma pitada azeda, mas não é ruim, na verdade é até bom.
Eu começo a saborear com gosto e abro os olhos dando de cara com um sorriso devastador de Ducan.
Eu coro na hora e viro o rosto pra frente.
- Viu... É bom não é? - pergunta de um jeito sútil, não como se quisesse dizer que estava certo, mas apenas como se gostasse de me mostrar uma coisa nova.
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Quem eu sou?
NezařaditelnéLilly Stone Rivera mora em Colorado uma cidade Norte-Americana junto com seu pai Carson, infelizmente agora sem a sua mãe Latanya que faleceu após um terrível acidente de carro. Dia 16/02/2016 irá completar seus 19 anos, mas mau sabe o que lhe aguar...