Já no topo de uma pequena colina, consigo deslumbrar uma pequena cidadezinha, o que eu acredito que Ducan chame de aldeia.
Ah algumas casas espalhadas pelo campo mas uma em específica me chama atenção.
- O que é aquele grande templo no meio da aldeia? - pergunto alcançando Ducan que já estava alguns passos a minha frente, pois eu parei para admirar a vista da aldeia.
- Não é um templo - continuou olhando para o horizonte - É um Quartel, onde pessoas como eu são classificadas e treinadas para ser um guerreiro - uni as sobrancelhas.
Um guerreiro? O que ele quer dizer com isso, ah guerras por aqui?
- O que quer dizer?
- Nós guerreiros protegemos nossas terras, de criaturas como aquela que nos atacou na floresta... - Me olhou exitante mas continuou - Existem seres cruéis por aqui... Principalmente o Wendigos.
- Wendigos ? o que é um Wendigos? - Ducan só alimentava mais ainda minha curiosidade.
- Você não vai querer saber - disse num tom sério.
Acabei mudando de assunto, percebi que não conseguiria tirar mais nada dele.
Uma pergunta que já estava na minha cabeça faz um tempo, desde quando ele disse que meu mundo era diferente de Akikor, então perguntei-lhe um pouco exitante
- Você... você é um...hãn.., humano? - ele me olhou e sorriu. Eu realmente não sei oque seu sorriso quer dizer.
- Não - apenas disse isso, ele sabe que minha curiosidade está a mil, mas eu não vou dar o braço a torcer, mudei de assunto.
- O que a MIKO - dei ênfase em seu nome - Vai fazer comigo.
Soltou um suspiro.
- Eu realmente não sei, não é a primeira vez que um humano acaba por vim pra cá, mas isso aconteceu a muito tempo, não era nascido quando aconteceu tal coisa. - então isso significa que eles conseguiram sair não é, talvez o Ducan esteja enganado e exista uma saída que me leve de volta para casa.
Chegamos a frente de um grande portão que dois homens com armaduras fazem a escolta dando acesso a extensa aldeia que é cercada por um muro.
Eu olho intrigada para Ducan, mas ele apenas cumprimenta os dois com um aceno de cabeça, e logo os portões foram abertos.
Exitei em entrar, foi quando Ducan colocou uma mão no meu ombro fazendo encara-lo.
- Está tudo bem - confirmou com um sorriso amigável no rosto.
Sorri e o segui.
As casas são de cores variadas, não são grandes mas são bem lindas, o telhado é feito de palha, já outros tem algum tipo de material que me lembra telhas.
Tem crianças correndo pelo vasto campo e pessoas caminhando enquanto conversam.
Enquanto caminho vejo que algumas tem aparência incomum.
Uma das crianças me encara com seus grandes olhos azuis, e eu consigo ver pequenos chifres de bode entre seus cabelos loiros.
Que merda é essa?
Eu puxo o braço do Ducan para mais perto de mim, fazendo com que ele se curve um pouco e sussurro.
- O que a com as pessoas aqui ? Olhe só aquele garotinho, ele tem chifres em sua cabeça - sussurro enquanto olho para o garotinho que agora está distraído demais com uma borboleta para se importar com minha presença.
- Eu disse, não somos humanos ou pelo menos não inteiramente - eu desvio minha atenção das pessoas a minha volta, para olhar ele que tem um sorrisinho esperto no rosto - Não se preocupe, não a nada a temer.
Eu apenas aceno com a cabeça e continuo andando com minha atenção voltada as pessoas.
Uma tosse forçada me chama atenção. É o Ducan.
Eu olho pra ele, e só então percebo que ainda estou segurando seu braço musculoso.
- Perdão - digo e solto seu braço o mais rápido possível.
- A disposição senhorita Stone - diz e me olha nos olhos sorrindo.
Eu sorrio com seu jeito galanteador.
Quanto mais andamos, mais adentro da aldeia ficamos, daqui consigo enxergar uma parte do 'quartel'.
Percebo que olhares curiosos estão em mim.
- O que a de errado ?O casaco não me cobre o suficiente? - Ducan também percebe os olhares.
- Não..., é que alguns conseguem identificar seu cheiro - eu franzi a testa.
- Meu.. cheiro...? - perguntei confusa.
- Sim, seu sangue é humano, alguns conseguem sentir o cheiro - olhei em volta e vi que cochichavam.
- Estamos longe de onde a tal Miko está? - perguntei enquanto olhava em volta com pressa se sair dali.
- Não, logo chegamos no quartel - ele revirou os bolsos da sua calça - pegue isso... - pegou meu pulso e virou minha mão deixando minha palma para cima - vai camuflar sua energia vital e o seu tipo sanguíneo - colocou na minha mão uma pedra translúcida com uma leve tonalidade de azul - Assim não vão conseguir sentir que você é humana - fechou meus dedos com a outra mão.
Aos poucos pude perceber que as pessoas pararam de olhar e cochichar.
- O que é essa pedra? - olho ela em minha mão, uma sensação de leveza me preenchia.
- Uma Ametista, é capaz de camuflar a energia das pessoas que a tocam, sem deixar rastro algum, como se não existisse.
Isso me impressiona, como essa simples pedra pode fazer isso.
Eu observo suas cores, ela é linda.
- Miko deve estar na sala central - diz quando paramos em frente o quartel - As pessoas vão te olhar com curiosidade, mas é porque todos aqui se conhecem, e ninguém que não seja recrutado entra aqui - diz antes de entramos e eu aceno com a cabeça.
Já dentro do quartel, eu olho ao meu redor e fico impressionada com oque eu vejo.
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NOTA
Olá pessoinhas, tá aí o capítulo. Oque será que a Lilly viu ??
O próximo capítulo vai ser postado no domingo, sem chances de sair no sábado.
Espero que gostem!!!
szszszszszszszszszszszszszszszszszszsz
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Quem eu sou?
AcakLilly Stone Rivera mora em Colorado uma cidade Norte-Americana junto com seu pai Carson, infelizmente agora sem a sua mãe Latanya que faleceu após um terrível acidente de carro. Dia 16/02/2016 irá completar seus 19 anos, mas mau sabe o que lhe aguar...