Capítulo 2 - [Flashback] O dia que nos conhecemos

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JÚLIA P.O.V

São Paulo, março de 2017

O táxi parou em frente ao B-sports, no bairro Limão. Olhei pela janela e vi que eu estava no lugar certo. Paguei a corrida de táxi, desci com minha raquete de tênis nas costas e caminhei até a recepção.

—Bom dia. Meu nome é Júlia e eu vim jogar tênis com o pessoal da PUC. Eles estão em qual quadra? –perguntei para a recepcionista, que me olhava com um sorriso.

—Bom dia, Júlia. O pessoal da PUC que você diz é o grupo do Guilherme? –ela perguntou me olhando.

—Não sei, sei que tem um Pedro que joga com eles –respondi meio com medo.

Só faltava eu ter ido para o lugar errado ou eles terem cancelado o treino e não terem me avisado. Comecei a sentir minha mão soando de nervoso.

—Ah, o Pedro! –ela falou lembrando dele —Ele não chegou ainda, quer dizer, ninguém da PUC chegou. Mas você pode... –a recepcionista ia continuar falando, mas uma voz grossa nos interrompeu.

—Você é da PUC? –alguém perguntou ao meu lado.

Virei para trás e dei de cara com um cara de uns 1,85m, loiro e barbudo. Ele vestida uma camisa azul marinho e o resto eu não consegui ver, porque não desci o olhar para ver. Ele era lindo.

—Sou –respondi meio sem voz. Aquele homem era muito lindo.

—Meu nome é Guilherme, eu também sou do tênis da PUC –ele falou abrindo um sorriso e se inclinando para me cumprimentar com um beijo, pegando-me totalmente de surpresa.

—Prazer, meu nome é Júlia –respondi.

—Ah, você é a Júlia! –ele falou sorrindo.

Os dentes dele eram perfeitos, totalmente alinhados e super brancos. Era incrível como o rosto dele era harmônico e muito bonito. Ele poderia facilmente ser modelo de tão bonito que era.

—Olha aí, pelo visto você já encontrou alguém da PUC –a moça da recepção falou nos lembrando que ela estava ali.

Naqueles breves segundos de conversa com o tal Guilherme, eu já estava totalmente perdida na beleza dele. Para mim era como se estivéssemos só nós dois ali.

Forcei-me a olhar para a recepcionista.

—Sim –ri —Muito obrigada pela ajuda –falei sorrindo e voltei a olhar para o Guilherme.

—Vamos sentar lá fora? –ele perguntou me olhando.

O olhar dele entregava que, assim como eu tinha me encantado por ele, ele tinha se encantado por mim.

—Vamos –respondi sem tirar o olho dele.

O loiro e eu passamos pela porta de vidro que tinha depois da recepção e caminhamos até o lado de fora. Quando passamos a porta, demos de cara com um enorme jardim e várias quadras de tênis de saibro e quadras de areia. Era um local muito bonito.

—Onde você quer sentar? –Guilherme perguntou todo educado.

—Pode escolher, você que conhece aqui –falei rindo e nos olhamos. Ele sorriu para mim.

—Pode ser aqui, então? –ele perguntou mostrando a mesa a nossa esquerda.

—Claro –respondi.

Guilherme e eu nos dirigimos até a mesa de madeira que tinha a nossa esquerda e fui surpreendida por Guilherme quando ele puxou a cadeira para que eu me sentasse. Sentei-me, ele empurrou a cadeira, agradeci e só então, ele se sentou. Ele sentou-se na cadeira ao meu lado direito.

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