Capítulo 11 - Ainda em Campos do Jordão

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JÚLIA P.O.V

Campos do Jordão, outubro de 2023

Por volta das 15h Pedro e eu acordamos. Andamos pela casa e vimos que todos ainda estavam dormindo. Fui para o sótão com o Pedro e procuramos por um jogo. A família do Guilherme tinha feito uma sala de jogos no sótão. Era um local super bonito.

—Quero tirar uma foto aqui –falei para Pedro, enquanto ele procurava por jogos de tabuleiro.

—Como você quer que seja a foto? –Pedro perguntou me olhando.

Falei para ele mais ou menos como eu queria que fosse a foto e ele tirou a foto para mim, junto com outras 500 que ele quis. Tiramos fotos juntos também. Ativamos o timer e tiramos várias fotos juntos.

—Me manda essa foto aqui, por favor –falei mostrando a foto —Vou mandar para a minha mãe no WhatsApp. Não falei com ela hoje.

—Já vai contar para a sogrinha? –Pedro perguntou me olhando.

—Só se você quiser –falei. Ele me deu um beijo.

—Vamos ligar para ela –ele falou sorrindo e assim fizemos.

Do meu celular, ligamos para minha mãe pelo FaceTime. Ela ficou surpresa quando me viu com Pedro e chamou meu pai, para falar conosco também. Pedro contou todo animado que tínhamos voltado e que agora ele voltaria a comer o melhor mousse de maracujá do mundo, que, segundo ele, era o da minha mãe. Ele já estava querendo ganhar uns pontinhos com a sogra.

Conversamos um pouco com meus pais e depois encerramos a ligação.

Pedro e eu deitamos em um dos pufs e começamos a nos beijar. Pedro queria muito transar e isso estava evidente na pegada dele, mas eu não estava na mesma página que ele, então parei-o antes que avançássemos mais.

Decidimos pegar um quebra-cabeça e descemos para a sala. Nada dos nossos amigos, então começamos a montar o quebra-cabeça sozinhos. Coloquei música no meu celular e Pedro pegou suco para tomarmos, já que eu não bebia bebidas alcoólicas.

—Desde quando você ouve sertanejo? –Pedro perguntou me olhando com um sorriso divertido/debochado no rosto.

—Desde que eu acordei do acidente –respondi sem parar de tentar montar o quebra-cabeça.

—Hmm, é que não era muito o seu estilo antes –Pedro falou escolhendo bem as palavras.

—Depois do acidente, eu descobri um mar de opções de estilos musicais fora da minha bolha e amei –respondi sorrindo e olhando-o de relance.

—E o que você gosta de ouvir? Marília Mendonça, Maiara e Maraísa, Naiara Azevedo? –ele perguntou citando os principais nomes femininos do sertanejo.

—Não. Eu não curto muito essas músicas que exaltam amante. Eu gostei mesmo foi de Jorge e Mateus, Zé Neto e Cristiano, Henrique e Juliano. Tem uns outros cantores que gosto de músicas específicas, mas essas três duplas que citei, gosto de todas as músicas –falei.

—Além disso, o que você tem ouvido? Ou só fica no sertanejo? –Pedro perguntou curioso.

—Tenho ouvido bastante música clássica, rap e reggaeton também. Mas, de longe, meu estilo favorito é reggaeton. Eu amo a batida dançante que todas as músicas têm –falei animada. Pedro riu.

—É legal te reconhecer. Ao mesmo tempo que você é a Júlia que eu conheci e me apaixonei 6 anos atrás, você é outra pessoa completamente diferente –Pedro falou dando um beijo no meu ombro.

—Você acha que eu mudei muito? –perguntei um pouco insegura.

—Não muito, mas mudou –ele respondeu.

PepêOnde histórias criam vida. Descubra agora