Capítulo 3

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Clarke acordou em sua cama. Tentou abrir os olhos, mas os fechou logo em seguida quando percebeu que esquecera as cortinas abertas. Os raios de sol batiam em seu rosto e isso a incomodava.

Ela estava prontamente disposta a dormir novamente, mas foi impedida pelo toque do seu celular.

- Quem está falando e por que está me ligando tão cedo? - Atendeu seu celular sem abri os olhos.

- Clarke, já são 4 Horas da tarde - Ela reconheceu a voz da sua irmã mais velha soando do outro lado da linha.

- Isso não é possível!

- Só se você estiver em algum outro fuso horário, garota.

Clarke resmungou e olhou para o relógio que realmente marcava as 4h.

- Isso não muda o fato de você ainda não ter dito o porquê da ligação.

- Preciso falar com você!

- Pois fale - Se levantou e olhou seu estado deplorável no espelho.

- Pessoalmente, maninha - Ela usou aquela voz de quem iria pedir algo.

- É tão importante assim? - Colocou a ligação no viva voz enquanto lavava seu rosto e encarava seu reflexo.

- É quase um SOS.

- Quem morreu?

- Ninguém ainda, mas você vai caso não me encontre naquele café perto da sua casa em uma hora.

- Sim senhora, mais alguma exigência? Um tapete vermelho, talvez.

- Não seria nada mal.

As duas soltaram uma risada nasal e ficaram um tempo em silêncio.

- Não se preocupe, eu vou sim - Clarke finalmente respondeu.

- Tá bom, eu te amo Clarke.

- Também te amo, Emma.

Clarke sorriu de lado e a chamada foi encerrada.

Sempre tivera um bom relacionamento com a irmã, apesar das implicâncias normais que qualquer diálogo normal entre elas tem.

Clarke terminou sua rotina que geralmente seria matinal, mas dessa vez, entre as 4 e 5 da tarde.

Pegou suas chaves e seguiu em direção ao café. Pensou em como poderia ter acordado tão tarde, e então se lembrou da noite passada.

As palavras de Lexa voltaram a rondar sua cabeça por algum motivo que ela não pode entender qual, mas se livrou dos pensamentos, aumentando o volume e cantando junto a música que tocava no rádio.

Estacionou o carro e entrou no estabelecimento, correu os olhos pelo local em busca de sua irmã e logo a avistou sentada em uma mesa próxima a janela.

A mais velha encarava o próprio capuccino e parecia estar pensativa, ou até mesmo, apreensiva. Clarke não entendeu, mas se dirigiu em direção a ela.

- Olha só, quem é vivo sempre aparece, não é mesmo?

A mais velha ergueu os olhos em sua direção e se levantou para abraçar a irmã.

- Senti sua falta - Emma disse se desvencilhando do abraço depois de alguns segundos.

- Quem não sente, né? Mas e aí, qual era o assunto tão importante?

As duas se sentaram na mesa.

- Eu vou me casar - Emma soltou rápida e direta.

- Oi? O combinado era você não enlouquecer a mamãe antes de eu conseguir fugir pra longe.

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