Capítulo 12

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- Vinte e um dezembro, VINTE E UM DE DEZEMBRO - Lena gritou no meio da sala fazendo com que olhares assustados fossem direcionados a ela.

- No que essa gênia estranha que você chama de namorada acabou de pensar, Kara? - Alex sussurrou no ouvido de Kara, recebendo um beliscão logo em seguida.

- Xiu

- Vai explicar? - Clarke encarava Lena em busca de uma explicação para o mini escândalo.

- Quando criança, minha mãe me contava histórias, histórias que ninguém acreditava, mas ela sim. Uma delas, falava sobre a pedra filosofal.
Durante séculos, historiadores tentaram encontrá-la, mas nunca conseguiram. Acredita-se que ela tenha sido o primeira coisa na história do mundo a dar poderes a seres humanos, e que, uma senhora de coração muito ruim a teria encontrado no século 19 e a usado para amaldiçoar e punir tudo o que julgava errado e depois escondeu a pedra antes de morrer.

- O que isso tem haver com o nosso problema? - Clarke achava que não era só ela que tinha enlouquecido.

- Qual era o sobrenome dessa tal Lexa?

- Blake Woods, por que?

Lena, rápidamente tomou o notebook do colo da namorada e começou a digitar, ignorando tudo ao redor, como ela sempre fazia. Quando finalmente encontrou o que queria, abriu um sorriso vitorioso e virou a tela para que as outras pudessem ver também.

- A família da Lexa, a parte Woods, para ser mais específica, vem de uma antiga linhagem da família Kom Trikru que existía no século 19.
De acordo com a história que minha mãe contava, dois jovens de famílias inimigas haviam se apaixonado. A menina uma Kom Trikru e o menino era Skaikru.
Na noite do solstício de inverno eles se encontraram escondidos, passaram a noite juntos, achando que ninguém conseguia vê-los e voltaram para casa antes que o sol nascesse.
Escondida pela escuridão da noite, a senhora que havia conseguido os poderes da pedra filosofal, os usou para amaldiçoar os dois e suas descendências.
A menina Kom Trikru não passou daquela noite, morreu na madrugada do dia 21. Eles nunca tiveram consciência disso, mas suas descendências foram condenadas a cruzarem seus caminhos e morrerem logo após, impedindo que as duas famílias viessem a se unir um dia.

- Isso é... mórbido? - Alex tentava processar tudo, enquanto Kara e Clarke estavam em choque com o que acabaram de ouvir - Então por mais que a explosão nunca tivesse acontecido, outra coisa teria matado Lexa.

- Se a história da maldição for verdade, sim.

- Não podemos deixar isso acontecer, deve ter um jeito de quebrar essa maldição agora para futuramente ninguém seja atingindo - A indignação na voz de Clarke era notável.

- Clarke, desde que você voltou, Lexa tem te mandado mensagens dizendo que ninguém tem notícias suas, não é? - Clarke apenas assentiu - Mas se essa outra linha temporal é igual a essa, mudando apenas a versão dos fatos, onde está a sua sósia?

- Como? - Tudo que saia da boca de Lena parecia ficar mais complicado a cada palavra.

- Sua sósia, você é a Clarke daqui, onde está a Clarke de lá e por que ninguém consegue encontra-la?

- Eu não faço ideia, não tinha pensado nisso antes.

- É isso - Alex levantou do sofá em que ela havia se acomodado desde o início da conversa - Já sabemos por onde começar.

- Por onde? - Kara se levantou acompanhando a irmã mais velha.

- Com a Clarke voltam para lá e encontrando a sósia dela - A Danvers mais velha soltou como se fosse óbvio.

- Acha que consegue fazer isso? - Lena dirigiu sua pergunta a Clarke.

- Posso tentar.

- Então nós temos um plano para começar.

As quatro sorriram uma para a outra com sentimentos diferentes se manifestando dentro de cada uma delas. Um mistura de medo, ansiedade, excitação pela próxima aventura e incerteza resumia bem tudo.

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