Capítulo 6: Final (Parte II)

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- NATASHA! - Meu grito ecoou, e ela olhou para mim. Faltava alguns centímetros para ela terminar de escalar o prédio, e ficar cara a cara com Zemo. Foi exatamente ali que o míssil explodiu, ela foi lançada pra dentro do prédio em meio aos escombos.

Fechei os olhos. Estou no passado a 5 dias. Terei que esperar dois anos para Tony construir a máquina. E fazer tudo de novo. Merda. Isso não podia dar errado.

Pensei em tudo que tínhamos que fazer. Pensei em tudo que não podíamos fazer.

Pensei em tudo que aconteceu, e analizei. Tinha que achar uma brecha. Algo que aconteceria diferente. Eles precisam de todos os satélites para lançar os mísseis. E tinham.

Quando abri os olhos, Zemo já tinha visto Natasha, e eu já havia visto isso antes. Em alguns segundos, estaria prestes a apertar o botão. O botão. Sem botão, sem míssil.

- BARTON! - Berrei no comunicador. - Você tem alguma flecha que funcione como... sei lá, cimento?!
- Uma flecha de um composto que congela rapidamente, como cimento, por q...

- ZEMO VAI APERTAR O BOTÃO. Lance uma dessas na merda do botão, AGORA!

Vi Zemo indo pra perto de um enorme botão vermelho. Merda, merda, vamos, Clint, por favor.
Em meio segundo, a flecha já estava posicionada, e Barton mirava milimetricamente. Um centímetro podia estragar tudo. Não podia se dar o luxo de ficar nervoso, muito menos errar. Mas ele nunca erra.

Passei alternar o olhar de Zemo para Clint, de Zemo para Clint. A mão de Zemo se levantou, pronta para agir, enquanto tudo passava em câmera lenta. Os cientistas corriam pra fora do prédio. Natasha pulou no lugar, prestes a pensar em acabar com o Barão. Eu já vi isso acontecer.
A ponta dos meus dedos estava dormente, e minha barriga revirava de forma avassaladora. Cada memória de dois anos de ditadura e seus amigos morrendo vieram em minha cabeça. Não podia acontecer.

- BARTON, ATIRA! - berrei, e o mundo voltou ao normal.

A flecha viajou por metros e metros em menos de um segundo, e atingiu o botão vermelho em cheio. A massa cinza começou a sair do bico da flecha, e congela em instantes.
Zemo gritou de raiva, esmurrando o botão completamente coberto, e Clint lançou uma flecha explosiva em seu peito, o derrubando. Comecei a correr lá pra cima, derrubando com o escudo o máximo de cientistas fugindo que consegui. Vi Natasha lançada contra Zemo, o derrubando de costas no chão.

Me concentrei em correr. Pulava três degraus de uma vez, usando toda a velocidade que tinha. Não sei onde os outros estavam, mas rezei por eles. Provavelmente explodiam bunkers, e espero que fique assim: apenas os bunkers explodindo.

Assim que cheguei ao telhado, a primeira coisa que vi, foi Zemo agarrar a cabeça de Natahsa, num segundo de distração da mesma, e bater sua cabeça contra o botão, rachando o que seja lá que tornou o botão inacessível. Agora o que tinha nos salvado estava despedaçado no chão.

- NÃO! - Girtei, com lágrimas formando nos olhos, e o meu corpo erguido no ar para impedir Zemo.
Mas foi em vão. Ele apertou o botão Eu senti o clique. E por baixo da máscara roxa, ele sorria.

Dizia "Olha o que eu fiz". Nossos corpos colidiram, e eu caí por cima dele, e a única coisa que passou por minha mente, eu fiz. Comecei a esmurrar seu rosto como se fosse um saco de pancadas. Eu estava com muita raiva. Meus olhos cheios de lágrimas apenas esperavam as explosões.

- Desgraçado filho de uma...

- Espere! - Ele cospe sangue, e eu paro, com as mãos ensanguentadas tremendo. Eu tinha falhado. Perderei todos eles. Ele tira a máscara, revelando milhões de machucados. Seu sorriso só me dá vontade de bater mais. Eu gritei, preparando o punho.

The Little Red-Haired GirlOnde histórias criam vida. Descubra agora