Capítulo 1 - Primeira impressão

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Oi, gente!

Essa é a minha primeira história aqui, espero que gostem! Ela já está completa, mas continuarei postando aos poucos. Quanto mais pessoas a lerem, mais rápido os capítulos sairão. Então, me ajudem a divulgá-la??? :)

Comentem! Votem na história! Ajudem, por favor :)

Beijos!

Penélope

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Ele era barulhento; sua risada ecoava, preenchendo o ambiente e chamando a atenção das pessoas, que, curiosas, viravam a cabeça para conferir de onde o som vinha. E colorido; a calça xadrez em tons de vermelho, com uma blusa laranja e tênis roxo era uma combinação bem inusitada. E um pouco cheio de si; segundo palavras dele: "Não sei por que a empresa demorou tanto pra me incluir no Sixth Sense?! Por que fui o último a ser escolhido pra me juntar a vocês? Eu sou o pacote completo: canto, danço, faço rap, tenho o visual, entendo de moda! Fala sério!".

Mas ele também prestava atenção em mim quando eu falava; a cabeça balançando enquanto acompanhava a conversa. Era educado; percebi que cumprimentou os funcionários do lugar no caminho até chegar à mesa onde eu estava. E percebi que tinha covinhas nas bochechas... Elas apareciam quando ele sorria, às vezes tímido com a cabeça abaixada, outras com ela para trás, gargalhando. Fofo.

Aquela foi a minha primeira impressão de Kim Yejun, ou Yejunie para os mais chegados, ou Jay, seu nome artístico. Não que eu não soubesse quem ele era. Já o vira na empresa antes, afinal, apesar serem muitos trainees, todos se conheciam, uma vez que eram "concorrentes" de debut. Eu sempre o vira à distância, com suas roupas diferentes, seu cabelo com mechas coloridas, e sua risada ruidosa. Ele costumava ficar sozinho, não parecia ter muitas amizades. O boato que corria era que ele dizia o que vinha à mente, filtro zero, e isso às vezes lhe causava problemas, como desentendimentos com os outros trainees. Como eu evitava qualquer tipo de confusão, eu me mantive afastado dele. Ao que tudo indicava, porém, os boatos eram maldosos. Yejun era bastante expressivo realmente, mas não do tipo estúpido... Ele era agradável e interessante... E, assim, bem de perto, muito mais bonito do que eu imaginava.

Pensar nisso, inclusive, não me ajudava em nada controlar o meu nervosismo.

Eu havia chegado mais cedo que o combinado. Não pensei que estaria ansioso, mas chegar mais de meia hora antes demonstrava exatamente o contrário. Sentado no café, conferia o celular, tentando me distrair e passar uma falsa imagem de segurança. Mas por dentro, tudo tremia, minhas mãos suavam e meu coração batia loucamente. Como seria um bom líder para os meus membros se nem conseguia lidar com a própria ansiedade? Na verdade, não entendia, mesmo sendo o mais velho, por que me escolheram para aquela posição, quando havia tantas falhas em mim a serem trabalhadas. Tá certo, eu me sentia seguro com a minha voz, mas só. Não dançava tão bem, aliás, antes de entrar na empresa nunca havia sequer havia dado dois passos de dança; não era do tipo galã, nunca conseguiria ser o idol magrinho e de traços delicados; não me expressava muito bem em palavras, meu senso de humor era o de um idoso de 60 anos, poucos entendiam meus trocadilhos e piadas. Além disso tudo, eu não tinha perfil para liderar quem quer que fosse. Minha natureza era do tipo gentil. Não me sentia à vontade estando à frente de um grupo, mas no meio dele, tentando fazer dar certo. A questão era que a indústria de idol sul coreana não pegava leve com pessoas como eu.

Aquela semana havia sido difícil, e eu me questionava se estava no lugar certo, fazendo a coisa certa. Nascido em Gyeongju, cidade na província de Gyeongsang do Norte, eu vinha de uma família humilde e pequena, sendo filho único. Meu pai era açougueiro e minha mãe ajudava nas despesas de casa vendendo artesanato em uma feira do bairro. Muitas vezes, cheguei a ir para o açougue com meu pai quando criança, mas depois que passamos por uma crise e meu pai perdeu tudo, comecei a ajudar a minha mãe. Então, passei muito tempo com ela e seus artesanatos, quando eu não estava estudando. Já fiz muitas peças de norigae e baessi daenggi para vender com ela.

Primeiras Vezes (ROMANCE GAY 18+) (DEGUSTAÇÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora