Divided || Rúben Dias & Diogo Leite || COMPLETA {com nova edição}

2.

Rúben Dias entrou em campo com o plantel do Benfica, o plantel do Porto e a equipa de arbitragem. Em dias de clássico, o defesa central sentia-se sempre mais nervoso porque ele sabia o peso que jogos daquele tipo tinham. E ele, sobretudo, não queria desiludir os adeptos.

Rúben percorreu as bancadas com o olhar e acenou a Rita, a sua mais que tudo, mesmo eles não namorarem ou terem algo sério oficialmente. Ele estava apaixonado, perdido de amores por aquela morena que lhe invadia os sonhos todas as noites. Rita, aos olhos de Rúben, era a mulher mais bela e mais perfeita que alguma vez tinha visto.

Do outro lado, Diogo Leite estava a procurar a sua bendita amada pelas bancadas. Ele vê a morena dos seus olhos. Mas fica um pouco revoltado interiormente quando a vê com uma camisola das águias. Ela tinha-lhe prometido que usaria a camisola dos dragões. Mas parecia que afinal enganou-se. Diogo desvia o olhar para o lado, vendo o seu adversário a acenar para Rita. O que o deixa ainda mais chateado.

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O clássico estava ao rubro na Luz. O Porto estava a vencer por uma bola a zero. As águias mal se aproximavam da baliza dos Dragões. Diogo Leite era titular e ele defendia a sua ala custasse o que custasse. Uma falta violenta é cometida com o central Pepe, o que provoca discussão. Os jogadores de ambas as equipas estavam a discutir. Diogo, ao ver Rúben sozinho, aproveita a oportunidade e caminha até ao defesa das águias. Antes que Rúben pudesse sequer reagir, o jovem jogador de vinte e um anos dá um soco no camisola seis, fazendo com que o mesmo só pare no relvado. Rúben levanta-se e vai até ao defesa central dos dragões.

- Mas o que é que pensas que estás a fazer, puto? - Rúben profere, profundamente irritado
- Eu? Estou a pôr-te no sítio e a avisar-te para ficares longe da Rita. - Diogo profere num tom de voz agressivo
- Não sei o que quer ela de um puto como tu. Ganha mas é juízo

Diogo, irritado, lançou-se para cima do jogador das águias e os dois começaram a lutar como dois loucos. O árbitro correu até eles os dois, depois de separados. Mostrou cartão vermelho aos dois e mandou-os ao balneário por caminhos separados.

E, nos camarotes, Rita assistiu à cena de mãos na cara, tendo um peso na sua consciência de que aquilo podia ter acontecido por sua culpa.