O arco-íris depois da chuva

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Uma mão toca o meu ombro e me tira do transe em que eu estava, era Plutão, eu olhei para ele rapidamente e uma luz se acendeu no fim do túnel,  eu o agradeci e sai correndo atrás da Luna, corri pelos corredores como um louco até avistar Luna no portão do colégio indo rumo à parada de ônibus, eu gritei seu nome.

 _Luna, Luna espera. Ela olha em volta para ver quem a chamava, eu chego até ela mas não consigo falar, estou muito ofegante, ela fica me olhando, eu me recupero e falo.

 _Luna por favor, não pare de estudar, não larga a escola, não precisa fazer isso.

 Ela disse. _Júpiter, já falamos sobre isso, eu não tenho outra escolha, tenho que manter a casa, agora é minha responsabilidade.

 _tem outro jeito sim. Eu disse.

 Ela. _É, qual, me diz então. Em tom de desafio.

 _Você pode morar comigo.

 _Morar com você?

Eu disse. _É, quero dizer, comigo e com o Plutão.

 _Ficou louco, isso não vai dar certo, não, sem chances.

 Eu disse. _vai dar certo sim, eu e o Plutão estamos trabalhando, se nós três trabalharmos conseguimos arcar com as despesas e além disso o Plutão tem o carro dele, que vai estar à disposição se a gente precisar, tanto os pais dele quanto os meus podem estar nos ajudando.

 _Não sei. Disse ela. _Isso tudo parece uma resposta fácil demais, as coisas não são assim.

 Plutão chega na hora e diz. _Oi, por que vocês estão aqui de fora? vão acabar sendo intimados por algum funcionário da escola. 

Eu olhei para ele e sorri, era um momento muito oportuno para a gente falar sobre os nossos planos futuros, eu olhei para ele e disse.

 _Eu aceito a sua proposta Plutão. 

Ele. _Qual? como assim?

_A de morarmos juntos. Disse.

_Ah...entendi. Ele sorri como sempre, olhou para mim e para a Luna e disse.

 _Não sei o que vocês estão pensando em fazer, mas eu topo.

Alguns meses depois nós três tínhamos reformado a casa,  estávamos terminando de pintar a parte de dentro do quarto de hóspedes, quando terminamos de pintar a parede eu Luna e Plutão estávamos jogados no chão, mortos de cansaço, mas satisfeitos, uma garrafa de café no canto do quarto, quarto que cabia Três Vidas inteiras.

 _Agora podemos chamar de casa. Disse Luna.

 _Podemos chamar de lar. Disse Plutão. É, sem dúvida é uma casa enorme, eu estava olhando as paredes, havíamos pintado de várias cores parecia um grande quadro colorido, um verdadeiro arco-íris, eu refleti tudo o que aconteceu nos últimos anos até chegarmos neste momento e resolvi compartilhar uma ideia que me veio à mente. 

_Será o lar de todos nós.

Fim

Obrigado a todos que leram minha história, espero que tenham gostado.

A Lua Que Me OrbitaOnde histórias criam vida. Descubra agora