Naruto

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 Homão da porra

Capítulo 7 — Epílogo: Recomeço part.1

2 meses e 3 semanas depois

Boom... Boom-boom... Boom... Boom-boom...!

Bem, sempre notei que no silêncio, o som do coração se faz ouvir. Não sei se é para nos lembrar que estamos respirando a dádiva da vida, e que daqui a alguns milésimos terá outra batida, desse modo, nos distraindo de qualquer pensamento. Ou, talvez seja para que percebamos o quanto o tempo passa devagar.

Quer dizer... O tempo passou arrastado. Passou arrastando, mas o nome dela e toda as circunstâncias que a levaram a me deixar, continuam presentes na minha memória e no amargo que sua partida me deixou.

Ah, eu me vinguei. Claro que eu me vinguei!

Não podia deixar barato. Tinha que cumprir a minha promessa, afinal de contas, ainda sou o Homão da Porra.

Quem disse que o tempo faz a dor passar? Pois bem, essa pessoa está erroneamente errada. A dor não passa. Você apenas se acostuma e arranja formas de torná-la mais leve.

Hinata... Eu disse que a odeio? Hum... esse sentimento continua existindo em mim. Mas repare direito e, não me entenda mal porque, eu não estou sabendo me expressar. Seria impossível odiar a minha Hina nesse nível de sentimento a qual tenho por ela. Mas eu a odeio. Só não sei se a odeio porque sua partida me fez entrar em abstinência, ou se a odeio porque me senti incapaz de assegurar o bem-estar e a felicidade da pessoa que eu mais amo... Ela mesma.

Que Homão da porra que o quê?


Como diz a minha irmã gêmea, Karin, eu sou apenas um homenzinho de merda, isso sim.

Confuso? Talvez. Não sei exatamente lhe responder, a não ser: Eu fui um incapaz. Um ser inútil.

Sendo sincero, uma parte do mim, aquela parte sensível e em abstinência, eu tranquei a sete chaves. E essas chaves Hinata levou consigo sem se dá conta... O "eu", Naruto, sensível, humano e dela. Esse lado está esperando por ela. Mas, assim o fiz para dar completo lugar a esse outro indivíduo... O Homão da porra, que agora está de olhos fechados, com as duas mãos nos bolsos da calça, encostado no capô do carro, de frente ao único e maravilhoso porto marítima e fluvial de Konoha.

Homão da porra?

Tsc... Aquele sujeito que ela disse que seria melhor pra mim, se eu me visse livre. No entanto, eu agora preciso desse meu lado, piranha. Preciso para aguentar as batidas doloridas e angustiantes que tem o meu coração.

É... agora sim que eu não estou vivendo. Não estou.

Todavia, todos os meus lados têm algo em comum... Eles a odeiam por me deixar aqui, sozinho, sem ti, Hinata. Nesse momento eu sou o Homão da porra, o herdeiro Namikaze... Um ser absento de sentimentos que me possam tornar o humano que sou.

O cheiro da brisa do mar é maior que a do rio. Extremamente onde essas duas extensões aquáticas se encontram.

Que sarcástico para minha situação atual... Eu e ela não nos encontramos a quase três meses.

Eu respirava o cheiro da briza e contava os meus batimentos cardíacos, talvez como forma de passar menos arrastado, o tempo. Foi quando a voz de Sasuke se fez ouvir a mim:

— Lá vem eles! — O moreno informou, tanto que senti, antes de lentamente abrir os olhos, Sakura sair do carro, do lado do motorista, cujo a porta já se encontrava aberta. Lugar esse onde ela quis porque quis se sentar, enquanto aguardávamos.

Homão da Porra- HPOnde histórias criam vida. Descubra agora