A Visita Inesperada

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Ainda era madrugada quando Marcia acordou, a menina estava muito ansiosa e não conseguia mais dormir. Ela se sentou e estendeu a mão para pegar sua mochila pois ela estava com a boca muito seca e precisava beber água. Ao olhar para a janela se deparou com Aline de pé, olhando pela janela.

-- Aline, está tudo bem?

Aline olhou para Marcia, e sinalizou pedindo silêncio. Marcia se aproximou da senhora que olhava fixamente para o lado de fora.

-- O que foi Aline? Você está me assustando.

Aline olhou fixamente nos olhos de Marcia, respirou e explicou:

-- Eu ouvi um barulho estranho e levantei. Estou tentando ver alguma movimentação mas não consigo, está muito escuro e não quero mostrar movimentação também.

Marcia estava tensa. A situação estava remetendo o que ela e os amigos haviam passado na casa de Tom a poucos dias.

-- Eu vou em baixo. Fiquem aqui e em hipótese alguma saiam. Preciso ver se está tudo bem senão não conseguirei dormir.

Marcia, imediatamente acordou seus amigos com muito cuidado para não fazer barulho.

-- Acordem, arrumem suas coisas com cuidado e silêncio. Aline ouviu um barulho estranho e desceu para verificar o que pode ser.

Antes que Marcia terminasse completamente a última palavra da frase eles ouviram um barulho agudo e seco vindo lá de baixo, parecia algo como um tiro, porém com algum tipo de silenciador.

Imediatamente eles se aprontaram, e começaram a pensar em uma rota de fuga. Eles estavam no segundo andar, e não dava para simplesmente pular a janela e sair dali.

-- Vamos ter que descer a escada e procurar a primeira janela. -- Afirmou Tom.

Então, todos aprontaram as mochilas e se direcionaram para a porta.

-- Esperem, preciso ir ao banheiro. -- Falou Tom que fechou a porta para ter privacidade.

Marcia não exitou a abrir a porta, porém deu de cara com uma cena terrível, atrás da porta estava o Padre Mauricio com sangue na boca e com um olhar desesperado. Em seguida o padre caiu baleado, praticamente morto. Ao cair, o padre Mauricio desvendou uma pessoa que estava atrás dele, era Victor, o soldado com braço de metal que haviam visto na praça com seus outros amigos, ele estava apontando uma pistola com silenciador com a sua mão humana.

-- Fiquem de joelhos e mãos na cabeça. Isso é uma ordem.

Em seguida seis soldados que estavam com Victor pegaram panos em seus bolsos e colocaram nos rostos dos adolescentes fazendo-os dormir. Marcia, relutou um pouco e levou uma coronhada na cabeça, o que a fez desmaiar também.

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