Bucky Barnes - Creature of Night // Parte 2//

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TEM MUITA COISA MUITO ERRADA DAQUI PRA FRENTE SE VOCÊ É SENSÍVEL NÃO LEIA. Sério gente, tem menção de estupro e tortura.

Risadas.

Foi a primeira coisa que ouvi assim que abri meus olhos, olhando lentamente para a fogueira a minha frente, era um sonho, uma memória, eu sabia, pois era essa memória que me atormentou durante muito tempo.

O fogo cintilava para cima, várias pessoas ao redor, dançando e celebrando, algo típico do povo que um dia eu pertenci, os tambores com pele de animal faziam o som parecer estranho aos meus ouvidos, mas continuei andando, nenhum deles podia me ver, eu estava presa nessa memória, eu era a telespectadora dos meus atos cruéis.

Assim que meus olhos pousaram em mim mesma eu sorri, me vendo ali, tão cheia de vida, sorrindo e dançando, meus cabelos na época maiores, rodando junto comigo, o vestido escovando levemente durante a dança. Fazia tempos que eu não me permitia lembrar disso, a memória parecia tão fresca, mas ao mesmo tempo tão distante.

Conforme eu andava ao redor do fogo, a memória mudou, como se eu estivesse atravessando uma parede invisível. Eu podia ver meu corpo caído enquanto eles pegavam e me colocavam um uma cama.

- Você acha que vai dar certo? - Melina, minha irmã disse.

- Claro que vai - minha mãe disse - De qualquer maneira, ela é descartável, você sabe, ela não possui nem magia própria.

Isso foi o que eu escondi deles, de todos, eu nasci em uma família de bruxas mas eu não possuía magia, eu apenas sugava a dos outros para poder usar, e isso me rendeu a rejeição, a rejeição das pessoas que deveriam me amar incondicionalmente. Da minha tribo.

A dor dilacerava lentamente dentro de mim, mas eu apenas fiquei ali, vendo as duas, logo alguns homens da tribo chegaram e me levaram amarrada para o meio do campo, eu estava acordada já, me debatendo e tentando me soltar das cordas, eu estava nua e a tribo inteira estava lá, a vergonha escorria de mim.

- Amigos e família, estamos aqui hoje para testar um novo feitiço feito pela minha amada filha Melina - minha mãe falou, ao fundo eu podia ver meu pai fechando os olhos e balançando a cabeça - E vamos mostrar para todos vocês como funciona, mas antes, eu preciso de um voluntário homem para tirar a pureza da nossa bela aberração.

Eu conseguia ver o desespero nos meus próprios olhos, eu praticamente podia sentir novamente aqueles sentimentos, a vergonha, a raiva, mas acima de tudo o medo. Eu me via olhando para o meu pai, implorando com os olhos que ele não deixasse isso acontecer, mas a minha tribo era praticamente comandada pelas mulheres, que na maioria eram bruxas.

Ele apenas assistiu, com lágrimas caindo dos seus olhos, alguns homens da tribo se voluntariaram, apesar de ser apenas um que ela tinha pedido, e eu ainda consigo ouvir suas palavras naquela noite.

- Bom, por que passar vontade não é mesmo? - ela disse, apontando para a cabana, onde eles foram me arrastando pelo chão, como um verme.

Um por um, cada um dos cinco homens me quebraram, me dilaceraran, me fizeram me sentir imunda, incapaz de sentir, eu já não aguentava mais chorar quando acabou. Fui levada até o meio do campo novamente, suja e imunda, largada lá com as mãos acorrentadas em um tronco.

Todos os adereços para o feitiço já estavam arrumados no chão, e eu sabia que aquilo era só uma desculpa para me matar.

- E vamos começar - as duas disseram enquanto toda a tribo se afastava alguns passos.

Iludida? Always - ImaginesOnde histórias criam vida. Descubra agora