01. Há vagas

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    Chanyeol sempre foi um rapaz dedicado aos estudos, apesar de parecer um delinquente para aqueles que não o conheciam, o Park tinha intenções puras. Seu maior sonho era dar uma velhice confortável aos seus pais e sabia que isso seria fruto de muito trabalho e estudo.

Foi com este intuito que conseguiu entrar na faculdade entre a lista dos dez melhores, começando o curso de medicina.

No início tudo parecia muito fácil, muito bom, Chanyeol chegou a cursar um ano da faculdade, mas sentia que não se encaixava naquele lugar. A maioria dos alunos sentia-se superior aos outros simplesmente por estar se tornando um “doutor” e ele não era assim. 

Com o tempo a carga daquele faculdade foi ficando ainda mais pesada, principalmente com a carga de seus pais, que ficavam lhe pressionando a ser o melhor, a fazer uma grande especialização, ficavam se gabando para os amigos, vizinhos e parentes e agindo como se Chanyeol fosse superior aos outros apenas por estar fazendo aquele curso, aquilo acabava com o mais novo, que decidiu abandonar tudo em pleno terceiro semestre.

Tinha plena consciência de que estava jogando fora uma oportunidade de vida estável, a chance de uma vida digna, de uma aposentadoria mais que decente para os Park’s, mas lutaria de outra forma, uma que as pessoas não ficassem lhe importunado com notas ou esperassem atitudes não condizentes com a sua personalidade.

Chanyeol pegou todas as suas economias, fruto de cada trabalho que fez na vida e deu entrada em seu negócio, pegando crédito emprestado com o banco para transformar um casebre de três cômodos em um barzinho. Sabia que seria difícil se reerguer, mas estava satisfeito com suas escolhas, além disso, as tatuagens, piercings e alargadores que tinha combinavam perfeitamente com o ambiente.

(...)

Baekhyun sentia-se sozinho no mundo, mesmo que Sehun, seu irmão mais velho, lhe ajudasse vez ou outra, ele tinha seus próprios interesses e problemas, estava afim de viver a própria vida e não tinha obrigação nenhuma de cuidar do mais novo. Precisava de um emprego urgente e sair do sofá do irmão mais velho o quanto antes, odiava sentir que estava sendo um estorvo, mas depois de contar sobre sua sexualidade e ser rejeitado pelos pais, tinha que agradecer por Sehun ainda se importar, ainda que as vezes ele parecesse um tanto frio.

O Byun estava andando pela rua, já passava das oito da noite, ainda assim, não queria voltar para sua casa. Não sabia bem o que estava fazendo para ser sincero, mas agradeceu a força divina que estava lhe guiando para aquele caminho, pois em certo momento deu de cara com um barzinho e este tinha um papel convidativo grudado ao vidro “precisa-se de atendente”.

O lugar era escuro e bem movimentado, parecia ter um público específico, pois era normal ver os homens e mulheres vestido de preto, cheio de tatuagens e cabelos de cores diferentes do costume.

Andou analisando todo o lugar e foi até o bar, vendo o atendente que tinha ali limpar o balcão, ele tinha o mesmo estilo de todos os outros ali, o corpo cheio de tatuagens, alguns alargadores na orelha, o que deixou Baekhyun logo triste, nem de longe tinha perfil para ser contratado. 

— Não vendo bebidas para menores. — disse o atendente, olhando bem sério para o Byun.

— E-eu já tenho dezoito.

— Só depois dos vinte e um, bebê. Nem adianta pedir para ninguém aqui comprar pra você, sei o que cada uma bebe. — disse e pegou uma cerveja, abrindo e entregando ao cara que estava atrás de Baekhyun, provando que ele não precisava nem pedir.

— Entendo. Mas eu não quero bebida. Eu vim pela vaga de atendente. 

O outro o olhou de cima a baixo.

I Will Protect YouOnde histórias criam vida. Descubra agora