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Eu tinha dormido?Não acredito nisso!
Acordei com dor no pescoço e na cabeça e ele pelo visto nem dormiu.
Como ele foi capaz de me deixar dormi daquele jeito? Foi cruel! Mais eu não podia fazer nada, não ainda.

- Será que você poderia me informar as horas?Meu celular descarregou.- perguntei com um novo animo.

- Não, não posso. Se você quisesse mesmo ver a hora, não teria descarregado seu celular com besteira e coisas supérfluas.- olhei com muita ira para ele.

- Caramba é apenas uma hora, o que custa você me falar? Ou será que foi sobre o que eu te falei da professorinha? - estava irritada e cuspindo maribondos- Não consegue ser educado comigo, mas todas aquelas suas outras alunas você trata como se fossem de porcelana e aquela professora também, você coloca em um pedestal. O que eu te fiz?-disse por fim.

Sabe quando a pessoa toma uma decisão mas logo logo se arrepende? Era como eu me sentia. Poderia ter declarado meu amor em outro momento ou nem declarado já que ele insiste em zombar de mim!

- Só o fato de você existir já me incomoda menina, procure um rumo para você e pare de se iludir comigo.

As luzes acenderam e o elevador voltou a descer, calada foi que eu terminei de fazer o meu percurso. Sai e fui direto  para o sanitário feminino, era outro dia e além de lágrimas inundarem meus olhos, tinha dormido em um lugar totalmente desproporcional com a minha cama, então era deverás normal eu ter me refugiado nesse lugar.
Quando estava saindo do lavabo dei de cara com a megera da professora e ele ao lado.

Ódio!
Empinando a bunda eu rapidamente sai daquele local e fui rumo a minha moto para ir para casa.
Eu estava com o corpo doendo por fora e por dentro, principalmente o coração!
Não aguentei, chorei ali mesmo, toda essa dor que parecia não ter fim!

Quando cheguei em casa estava minha família reunida, cheio de preocupação.

-Lara onde você estava? Custa avisar que iria dormi fora? Não pensa em quem está aqui morrendo de preocupação? Ainda desligou o celular!- dona Josa, minha mãe, lançou-me seus questionamentos- Sou tua mãe e não uma coleguinha.-

-Mãe, Eu te Amo mas já estou grandinha e sei bem me cuidar- disse lançando mão do capacete que estava na minha cabeça e colocando em cima do mezanino.- Entretanto eu não estava por aí me divertindo como a senhora pensa, estava presa no elevador que quebrou ontem na hora em que eu estava descendo. O pessoal não resolveu o problema ontem e acabei dormindo por lá mesmo e neste momento estou muito cansada se poder me dar um tempo eu agradeço!

-Desculpe filha, é que eu fiquei aflita e mal sabia do que estava acontecendo, pode ir lá descansar que vou fazer algo para você comer.- me senti mal por ter falado dessa forma com ela mas quando ela começa, só desse jeito para para-la.

- Imagina. -me encaminhei para o quarto com todos olhando para mim, porque eles ainda se assustavam quando eu falava assim com a mãe mais eles sabiam que era a única forma.

A minha única certeza  era que mais um dia se iniciava, portanto mais um dia de luta para chegar ao meu objetivo. 

Um ser amorOnde histórias criam vida. Descubra agora