Capítulo VI

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      Acordei de madrugada, com barulho na cozinha, com certeza era inferno procurando o que comer.

      Levantei e me deparei com aquele homem sem camisa, de short de pijama curto deitado em meu sofá.

      Em meio a confusão não havia reparado o quanto aquele homem é lindo.

      Fiquei ali parada, observando aquela obra de arte, desenhada e esculpida a mão.

      Suas pernas de uma estrutura física forte, moldada em academia, braços definidos, tudo sem exageros, sem falar naquele sorriso maravilhoso e de uma simpatia inexplicável.

      Ele mexeu no sofá, eu me afastei, não queria que ele me pagasse o observando.

      Me arrisquei voltando a observá-lo novamente, aquele homem era um Deus grego, sorrir sozinha quando me peguei pensando naquele homem completamente nú.

      Me perdi no caminho da cozinha, melhor ver o que anda acontecendo por lá, não queria que inferno acordasse o bonitão.

      Realmente o bicho estava agitado, arredio, coloquei um pouco de comida em uma das mãos, com a outra o coloquei no colo, lhe fiz um carinho enquanto ele comia o que estava na minha mão.

     Ele adormeceu, estava precisando de atenção depois do ocorrido.

     Cheguei até a janela que estava aberta, adoro parar e observar a cidade, por ali fiquei um bom tempo, viajando pela noite a fora.

      Parece ter visto alguém entre os arbustos, mas meu coração não acelerou, meu corpo não teve calafrios, ao contrário estava com a alma tranquila, sossegada.

     O vento suave da primavera toca minha pele, esvoaçando meus cabelos negros.

     De repente sinto alguém se aproximar,uma voz suave a perguntar:

     - o que tanto observa?

     Aproximou junto ao meu corpo, olhando pela janela.

     - Só observando a noite,sentindo o toque da brisa, isso me acalma a alma.

     - O que mais acalma sua alma?

     Minha vontade era de dizer que ele me acalma, sossega meu espírito e agita meu coração, esquenta meu corpo,mas me contive.

     Ele colocou a mão sobre meu ombro,senti meu corpo arrepiar neste momento.

     - Sentindo frio Jennifer?

     Virei de frente, me deparando com aquele olhar maravilhoso, os ombros largos, seus braços me puxando para o aconchego do seu peito.

     Queria ficar ali por toda eternidade, gritar em alto tom para que o tempo parasse por mais alguns segundos.

     Ele me olhou nos olhos, como se tivesse pedindo permissão para me beijar.

     Meus lábios foram de encontro ao dele, encostando suavemente, sentindo de leve sua língua invadindo minha boca,era um beijo suave, gostoso,suas mãos seguram firme meu quadril o encaixando próximo ao seu corpo.

     Minhas pernas tremiam, meu corpo arrepiou, meu coração acelerou, um turbilhão de sentimentos jamais sentidos.

     De repente Carolinne entra na cozinha interrompendo aquele momento.

     - Não quero atrapalhar, só vim beber água, podem continuar o que estavam fazendo e esboçou um sorriso.

     - Não atrapalha, todos acordamos com sede, respondeu Peter, Jeneffer não se conteve teve que rir do comentário de ambos.

     Voltamos cada um pra sua cama, precisávamos dormir.

     A noite foi tranquila, apesar de não ter conseguido dormir bem, sempre acordo escudando gritos de socorrer.

Os olhos que me ObservavamOnde histórias criam vida. Descubra agora