Capítulo VIII

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Como as horas passam rápido quando estamos na correria do trabalho.

Já era quase dez horas, sorte a minha que coloquei o carro bem próximo à loja.

Meu telefone toca, olhei o número,era desconhecido, o joguei na bolsa, ele toca novamente, mas como iria conseguir achar um telefone dentro da minha bolsa.

Quem tem uma bolsa sabe muito bem do que estou falando,vou jogando tudo dentro dela, fica um buraco negro,tudo se perde, até que eu a organizo e no outro dia está tudo da mesma forma ou pior.

Não me importei em tentar encontrá-lo na bolsa.

Liguei o carro e dei a partida, já estava curiosa pra saber quem estava me ligando insistentemente, mas se atender vou me atrasar.

Deve ser Peter, tentando ligar, certamente pensou que eu não iria ou esqueci.

Parei o carro em frente a delegacia, peguei a bolsa e por curiosidade, fui a caça do celular.

O encontrei depois de alguns minutos,olhei o número, desconhecido, em questão de segundos tocou de novo.

-Alô, quem fala?

- houve um silêncio total!

- Alguém na linha, oiii?

De repente escuto gritos de uma mulher:

-Socorro...Socorro....

Eram gritos horripilantes, de dor,medo,transmitia uma angustia interminável.

Será que ele pegou uma nova mulher ou tinha como robe gravar as vozes das mulheres que ele havia assassinado, seria um troféu?

Não tinha como ajudar, socorrê-la, me senti impotente diante á situação, simplesmente eu gritava feito uma louca.

- A solta seu ordinário, psicótico, não tenho medo de você, fui entrando dentro da delegacia e todos me olhavam assustados,Peter veio ao meu encontro.

- O que aconteceu Jenefer?

-Isso!

Ela retirou o celular e colocou no ouvido dele, ele paralisou, sua única reação foi ligar o viva voz.

A delegacia toda parou, houve um silêncio total.

O grito estridente de socorro foi atenuando até escutar a respiração ofegante de um homem, depois uma gargalhada de satisfação e logo após o ruído do desligar do telefone.

Todos paralisados, olhavam um para outro sem entender bem o que estava acontecendo.

Eu caí na real, ele não queria só me assustar, ele sentia prazer em me
torturar , de fazer meu sangue ferver, ele sentia o odor do medo estampado em suas vítimas.

Logo peguei meu celular e liguei para Carolinne, precisava saber se ela estava bem.

O telefone tocava e nada,ela não atendia, fui ficando apavorada, quando tento novamente.

- Alô Carolinne

- Que foi Jeneffer, que voz é essa?

Os olhos que me ObservavamOnde histórias criam vida. Descubra agora