.o corpo fala.

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Eu sou assim.

Sou uma alma sedenta. Sedenta de liberdade. De tudo que quero, e que ainda não posso ter.

Seja carro, seja criança, seja você.

A ansiedade me abraça, e enganados estão aqueles que acham que todos os abraços são bons.

No final das contas: roou as unhas, suo frio. Sapatilho e me perco do caminho.

Mas por quê? - Pela sede de sempre querer mais.

A sede que nada supre e que tudo vem à cabeça. Sonhos e mais sonhos. E o desejo imenso de realizá-los. Mas ainda não é a hora, jovem gafanhoto! - Me custo a entender.

Bendito seja o tempo. Por mais que necessário, doído.

Ainda mais na idade curiosa, idade das descobertas, idade louca por atenção. Idade em que vamos ao alto e caímos no chão. Idade do coração.

Coração feliz, vezes não. Coração pulsante, dançante, horripilante!

Ou apenas... Coração.

Idade em que descobrimos tudo que o mundo tem a nos oferecer. Idade em que nos auto descobrimos. Idade em que formamos nossas próprias verdades. -Mas para isso nunca é tarde.

E por mais que milênios tenham se passado, ainda não aprendemos a dar tempo ao tempo.

Afinal, todos temos prazo de validade. Mas felizmente (ou não) não somos produtos etiquetados, o que nos faz não ter noção de nosso próprio tempo. Querendo sempre viver ao maximo. Da maneira possível.

Mas nem sempre nossa maneira é possível. E que dor por isso!

E então todos os dias o ciclo se inicia, até que algum dia, por uma simples ironia, paramos de culpar o universo, afinal de contas, ele nunca prometeu nada. E entendemos que isso vai muito além do tempo. Isso vem de nós. Então percebemos, que precisamos respeitar o nosso tempo.

Pois não só a mente, mas o corpo fala.



poemas além de mim, além de Vênus, além de tudo.Onde histórias criam vida. Descubra agora