O livro dos meus sonhos

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Radish pegou Hellen no colo, seu peso não era nada comparado a força dele, ele se sentia poderoso, mas nada se comparava ao poder que ela tinha sobre ele. Como ele queria toca lá a muito tempo, desde o momento que descobriu o que era sexo. Rasgou a roupa dela expondo o sutiã branco sem graça que no corpo dela parecia extraordinario....

— Elise está na hora da janta! — Gritou minha mãe, isso faz com que eu saia dos meus devaneios.
Há dois, três anos atrás eu odiava ler, serio, até os textos da escola eram dificeis de serem ingeridos, mas então sua irmã sugeriu sorrateiramente que eu começasse a ler a paixão de Radish e minha nossa, cada dia mais ficava ansiosa por terminar o livro.
É claro que não podia parar meu rotina porque se minha mãe descobrisse que eu lia esse tipo de coisa... não quero nem pensar nisso! Terminei de me vestir escolhendo um vestido florido, penteando o cabelo prendendo em um rabo de cavalo então vocês pensam: Porque alguém se arrumaria tanto para um simples jantar? Simples: Vizinhos. Minha mãe e a vizinha são amigas desde quando eram crianças e sempre revesavam quem iria jantar na casa de quem.
Desci as escadas dando uma ultima olhada no espelho que ficava na ponta da escada. Ela pensou no dia que Radish chamou a vizinha para sua casa e ela o fez um boquete na ponta da escada. Eu desejei fazer o mesmo, mas infelizmente meu vizinho não é um personagem forte, de cabelo castanho e barba feita ou rico... Que foi? Não me julguem, todo mundo adora esse tipo de esteriotipo. Meu vizinho era um garoto magrelo, com a camiseta de alguma serie nerd que eu não sei indentificar. Ele sempre me cumprimentava de cabeça baixa, enquanto sua mãe sempre era animada e receptiva. Na verdade era como se os filhos tivessem sido trocados, pois minha mãe era sempre contida e comportada.
Minha mãe colocou a comida sobre a mesa e tomamos nossos lugares, não havia muito para conversar, não achava minha vida tão interessante quanto a de Hellen então me resumia a cumprimentos.
— Está especialmente bonita hoje, Elise – Falou a sra. Kudro – Acho que tenho algumas maquiagens posso da las a você – Parte de mim via o quanto a sra Kudro queria uma filha pela forma que ela me mimava.
— Não é necessario Isabel – Minha mãe por outro lado tentava me fazer uma puritana – Não quero que ela pareça uma vagabunda.
— Está dizendo que eu pareço uma vagabunda? — É, a sra. Kudro estava usando muita maquiagem.
— Não, claro que não – Minha mãe suspirou – Tudo bem, mas não abuse.
Depois disso um clima desconfortavel predominou o jantar, as vezes acontecia, mas na manhã seguinte estavam conversando de novo.
— Acho que deveria dormir em casa querida – Automaticamente minha mãe pensou em negar, mas depois do que tinha acontecido, ela concordou.
Depois do jantar subi as escadas correndo, coloquei meu pijama, peguei um travesseiro e um edredom e sai tão rapido que quase não me despedi da minha mãe. Eu disse quase.

A casa da sra Kudok era identica a minha, uma consequencia viavel de se morar em um condominio, por isso tirando a decoração não era tão dificil se situar. Deixei minhas coisas no sofá branco, Erik  subiu direto para o seu quarto enquanto a mulher me puxou para seu. Ela não demorou a tirar todas as maquiagens do guarda roupa e joga lá sobre a cama de casal. Quando eu vi os detalhes do quarto, os desenhos curvilineos que decoravam a parede me fizeram lembrar do quarto de Hellen quando Radish foi visita lá.
— Onde é o banheiro? — A Kudok apontou para a porta branca ao lado da cama.
Corri desesperada... Era apenas uma coincidencia, todo mundo podia ter um papel de parede igual ao do livro. Entrei, jogando minha cabeça sob a torneira deixando a água escorrer.
— Querida...está tudo bem? — A mulher deu algumas batidas na porta.
— Estou... já vou sair.
Percebi que estava em um lavabo, pequeno. Realmente não me lembrava deste comodo e também não me lembrava de nenhuma reforça no condominio. Outra batida chamou a minha atenção, mas agora não vinha da porta que entrei, do lado oposto também havia uma porta.
— Está tudo bem? — Agora Erik quem perguntava. Otimo, um banheiro compartilhado.
A diferença dele para a mãe é que enquanto a mulher esperava educadamente que eu saisse, o garoto abriu a porta quando não obteve resposta.
— Nossa! Você está mal, vem senta um pouco. — Ele me puxou para o seu quarto.
O comodo era diferente da sua personalidade, com medalhas, premios, fotos, mal imaginava que um garoto tão quieto poderia ser um surfista tão habilidoso, tudo bem que apesar de magro ele tinha o bronzeado da praia sobre o dorso, além de – pasmém – uma tatuagem tribal. Ótimo!... agora me sentia uma idiota.
— Eu vou pegar um copo dágua para você – Sentei na ponta da sua cama e aguardei.
Quer dizer eu ainda estava impressionada com todos os premios, me levantei por mera curiosidade e fui observar mais detalhamente as medalhas que estavam a minha frente. Havia tantos premios naquela estante que eu poderia jurar que ele fazia isso desde muito cedo. Também havia um porta retrato ao lado dos trofeus, de um homem segurando um bebe, era obvio que Erik tinha uma foto do pai – e mais ao lado tinha um computador.
Não era minha intenção olhar o que estava no computador, mas uma notificação fez com a tela acendesse. A notificação em si não era algo importante, era um amigo lhe chamando para sair, o que chamou minha atenção era o documento que estava atrás. Eu reconheceria aquela escrita em qualquer lugar. Espera... não era um PDF era um documento editavel, que estava sendo editado. Me sentei a frente.

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