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Editado em 11 de janeiro de 2023.

OBS: Escrevi o começo do capítulo escutando je te laisserai des mots. Recomendo que enquanto leiam a cena do Jacob e da Mia, vocês escutem tbm. <3.

AMÉLIA MALORE

—  Como você está? — O rabbit de Jacob derrapou até parar na frente da última casa da rua. A minha. 

Observei a madeira bonita que decorava nossa varanda. Foi exatamente essa a imagem que tive pela primeira vez um mês atrás, quando eu e mamãe nos mudamos. Estava igual, exceto pelas bonitas flores que agora decoravam nosso jardim. Flores, ervas, brotos que ainda não tinham vingado. Tanto havia mudado e, ao mesmo tempo, quase nada.

As luzes estavam apenas parcialmente ligadas, indicando que vovó ou mamãe ainda estavam acordadas. A última deveria estar pintando no nosso pequeno atêlie. 

Pintura. Faz tanto tempo que eu não encostava em uma tela de linho ou em uma paleta que a abstinência estava começando a me bater. Meus dedos coçaram involuntariamente. 

Olhei para Jacob. Seus grandes olhos negros sabiam mais verdades sobre mim do que eu mesma poderia saber. Era uma coisa estranha. Nossa conexão, quero dizer. Ele pousou um beijo no meu pulso, exatamente onde a bonita pulseira Quileute estava ocupando morada ali. Meu pulso acelerou, mas a paz estranha que aparecia quando ele estava perto, me abraçou por inteiro. 

Um relâmpago cortou o céu naquele momento. 

Eu estava prestes a dizer algo, quando ele ligou o carro novamente. — O que está fazendo? Eu preciso ir. 

— Bom, você vai. Mas antes, quero te levar para um lugar. — Ele murmurou, não dando-me ouvidos. 

—  Jake, já está tarde. — Mordi o sorriso que ameaçava deixar meu rosto. — Prometi a mamãe que voltaria logo, esqueceu?

Ele piscou. PISCOU. Que audacioso. — Relaxa, sua mãe confia mais em mim do que em você, linda. 

— Isso é estranhamento verdadeiro. —  Franzi a testa, com indignação. — Não entendo o motivo. 

Sua mão escapuliu até ocupar o lugar de sempre na minha perna. Coloquei minha mão acima da dele aproveitando a sensação boa de tê-lo perto de mim.

—  Para onde vamos, senhor? — Perguntei, sorrindo. 

Para as estrelas. — Ele respondeu, polidamente, com um sotaque britânico forçado.

— Sim, Jack Dawson. —  Murmurei, cutucando sua costela. —  Eu sou sua Rose, hm? Você cresceu um pouco, então continuará sem caber em cima da porta, sinto muito. 

Ele me deu um olhar que parecia realmente indignado. —  Você me deixaria morrer congelado? Está falando sério. 

—  Você é um lobo. Você não teria pelos? Isso te manteria quente. — Pus a mão no queixo, pensativo. — Além do mais, a porta afundaria com seu peso. 

— E então nós dois morreríamos. Isso é poético. —  Jake deu de ombros. Olhando-me com superioridade. 

—  Claro que não. Quem contaria nossa história depois? Alguém precisa ficar vivo e documentar, hm? —  Franzi a testa. 

—  Você prefere estar na história do que morrer com seu amor? —  Jake bufou. —  Francamente, não sei porque esse relacionamento ainda está em vigor. 

Ri. Estiquei-me para beijar sua bochecha, notando a pequena curvatura dos seus lábios que ele insistia em esconder. Erámos dois idiotas. 

A lanchonete do Joe entrou no meu campo de visão e Jake parou o Rabbit vermelho na frente. O estacionamento estava quase vazio exceto por mais dois veículos. 

Alvorada [JACOB BLACK]Onde histórias criam vida. Descubra agora