Criminal Minds (Destiel AU)

1 - The Road

Manhattan. Não é no estado de Nova Iorque, e sim, no Kansas, mas ainda é a cidade que está nos sonhos de muitos. É a cidade perfeita para quem deseja se sentar na varanda de sua casa e assistir a grande quantidade de pessoas e carros que passam pelas ruas, debaixo das grandes árvores, cujos galhos e folhas compõem uma trilha sonora agradável ao que o vento os balança. Por outro lado, é também uma cidade que não dorme. É uma cidade como qualquer outra: uma cidade grande, movimentada pelos cidadãos que acordam cedo para enfrentar mais um dia de trabalho ou estudo no intuito de conquistar um futuro melhor ou um resto de vida sem problemas ou preocupações, certos tipos de cidadãos que acabam por querer fazer mais do que podem e causar problemas, e os que correm atrás deles para fazê-los limparem a bagunça ou pagar pelos prejuízos com alguns anos de suas vidas atrás das grades.

Aquela era uma manhã de sol entre nuvens, calma do lado de fora, o que causava um grande contraste com a festa que já acontecia no subsolo de um prédio há dois dias sem parar.

O ritmo frenético das músicas eletrônicas invadiam a mente do agente disfarçado, assim como o cheiro das bebidas fortes e cigarros que fazia suas narinas arderem. Uma festa privada e própria para o tráfico de drogas no subsolo do prédio de uma empresa de rede estadual. Ele andava devagar por entre as pessoas que dançavam, pulavam e se beijavam sem controle. Devido sua paciência incrivelmente curta, sua vontade desde que chegara ali era estar com o seu uniforme e acabar com toda aquela festa em uma questão de segundos com o disparo de um tiro no teto, mas não podia, precisava se manter discreto no meio daquele formigueiro humano com suas roupas mais despojadas, tais como uma simples camiseta preta, uma jaqueta jeans por cima e uma calça jeans preta. Qual era o objetivo daquilo tudo? Encontrar e prender o dono da festa, um membro da empresa e traficante que, por baixo dos panos, vendia drogas para adolescentes e jovens.

Aquela empresa estava prestes a quebrar.

- Há um corredor vermelho à sua direita, que leva à área VIP. É lá onde ele está. - dizia uma voz feminina em seu ouvido através do pequeno fone preso em sua orelha esquerda.

O agente olhou para o lado.

- Já vi. - ele respondeu em voz baixa à agente em seu ouvido.

Não havia um movimento grande de pessoas ali, havia, na verdade, um guarda ali, - um daqueles dos filmes, o típico alto e careca que usava óculos e roupas escuras - de braços cruzados bem na frente do corredor.

- Oi, tem um cara arranjando encrenca com as pessoas perto da entrada. Acho melhor você ir lá rápido, porque ele vai acabar sendo morto se continuar. - disse ele ao se aproximar, em um tom falsamente preocupado e alto, por conta da música estrondosa no local.

Não demorou muito até que o guarda assentisse e saísse rapidamente, dando assim ao agente a chance de entrar naquele corredor escassamente iluminado sem ser visto.

- Com quem estava falando?

- Com um guarda que estava no corredor. Entrei.

- Se livrou dele tão fácil?

- Sim.

Casais eram vistos se beijando nas paredes a todo momento, assim solteiros que passavam pelo agente conferindo um grande bolo de dinheiro, enrolando cigarros com os próprios dedos, ou coçando o nariz com força e rapidez após usar certas "mercadorias".

- Como está indo?

- Por enquanto, normal. Tem pessoas entrando e saindo com dinheiro e drogas.

Após algum tempo caminhando naquele corredor estreito e tentando não esbarrar nas pessoas, ele podia ver uma porta de madeira fechada, com um pequeno foco de luz branca virado para baixo, na parte de cima do batente, que entrava em um contraste interessante com as paredes vermelhas. Atrás dela havia uma pequena fila com, aproximadamente, quatro pessoas, sendo elas homens e mulheres, pelo que o agente pôde contar. A fila andava rápido, era uma questão de dois minutos para que os clientes e o vendedor fizessem negócio. A economia de tempo era uma peça valiosa no jogo.