Criminal Minds (Destiel AU)

6 - New Job

- Por quanto tempo mais vou ter que esperar até você resolver me contar qual é o plano? - indagou Castiel em um tom baixo e calmo, mas já sem paciência alguma.

Ele estava sentado em uma das camas de solteiro, virado de frente para Dean, que, deitado sobre a outra cama, apontava o controle remoto para a televisão à sua frente e trocava incessantemente de canal.

Ele podia ser ainda mais folgado?

- Calma, espera um pouquinho, descansa a mente. Hoje foi um dia bem exaustivo. - respondeu o Winchester, como se não houvessem problemas no mundo para resolver.

- Que bom que sabe. Eu estou esperando você sentado aqui já faz quase uma hora.

- Argh, está bem. - Dean gemeu com preguiça, apontou o controle remoto para a televisão e desligou-a, sentando-se em sua cama em seguida e ficando de frente para o Novak. - Como eu disse, eu quero acabar com tudo que for valioso para a Gangue; negócios, parcerias, tudo. O meu chefe, Tonnaso, tem contatos. Ele nunca nos deixou saber quem são, mas sei que eles conversam muito sobre dinheiro e mercadorias.

- Que tipo de mercadorias?

- Drogas, às vezes, combustível para pequenos compradores... Tudo que for valioso e que a gente possa traficar.

- Continua.

- Do mesmo jeito que o Tonnaso é um chefe, ele tem chefes, não muito gentis. Então, eu quero acabar com esse negócio entre ele e os chefes, mas sem nem encostar nele. Assim, cabeças vão rolar por todos os lados e eu vou assistir tudo do camarote.

- Você quer que o Tonnaso cometa um erro.

- Sim, isso funciona como um trilho de pecinhas de dominó erguido no chão. Nós dois vamos até ele empurrar uma peça. Só isso é tudo que a gente precisa para derrubar o trilho todo. - Dean não pôde evitar que um pequeno sorriso satisfatório e entusiasmado se formasse em seus lábios.

- Entendi. Você já sabe por onde vamos começar?

- Bom, eu não tinha ferramentas e cobertura para pensar em tudo sozinho, mas isso não quer dizer que eu não tenha pensado em alguma coisa.

- Então...?

- Eu acho que investigar os contatos e o que eles fazem já é um bom começo.

Castiel assentiu e permitiu que seu olhar caísse do rosto do Winchester ao chão. Aquela conversa, sem dúvidas, havia sido produtiva. Ele havia se livrado de várias perguntas que incomodavam sua cabeça, relacionadas ao plano e ao roubo do combustível, apesar de ainda lhe restarem perguntas sem respostas.

A gasolina foi roubada e vendida, mas como eles a venderam? Para quem eles a venderam? Como a Gangue e os compradores da gasolina a transportaram sem serem vistos pelas câmeras de segurança da região? Quem são eles? O que Dean e Castiel estariam prestes a fazer com aquele plano? Qual seria o resultado disso tudo? A quais perigos Castiel estaria exposto? Que tipo de gente ele estaria enfrentando? Qual seria a...

- Quer ir comer alguma coisa? - indagou Dean, partindo a corrente crescente de perguntas na cabeça do agente, que rapidamente, ergueu o olhar, fitou o loiro e assentiu em seguida.

Não é muito legal ficar em um hotel solitário no meio de uma estrada, então, é claro que tinha que haver outros estabelecimentos ao lado do hotel. Por sorte, havia um bar e restaurante e uma lojinha com guloseimas e itens úteis para viajantes.

Castiel se encontrava sentado em uma das mesas quadradas de madeira do bar, ao lado de uma grande janela, com seu sanduíche nas mãos. No entanto, ele não o comia. Ele tinha o cenho franzido e os olhos vidrados no Winchester e em seu jeito feroz de comer o sanduíche carregado de bacon e gorduras que tinha pedido. Não demorou muito para que o loiro sentado à sua frente finalmente erguesse o olhar e percebesse isso.