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Abro meus olhos com dificuldade, percebo que estou em um hospital, pois vejo que estou tomando soro, o quarto em que estava era branco, perto de minha cama havia uma janela com cortinas bege, que deixava entrar pequenos raios de sol, havia duas porta que deduzir ser o banheiro e a porta de saída.

Fico observando os raios de sol que entram pela janela até que uma enfermeira entra no quarto.

- Você passou um bom tempo desacordada - fala ela trocando o soro.

- A quanto tempo estou aqui?

- Dois dias.

Não acredito fiquei dois dias em coma, derrepente um flashback veio em minha mente me fazendo lembrar dos caras que haviam entrando, do homem que tentou me violentar e a pessoa que me salvou. Passo a mão em meu pescoço que está enfaixado.

- Onde está minhã mãe?! E meu irmão?! - falo com desespero.

- Se acalme, eles estão bem.

- Eu quero vê-los.

- Okay irei avisa-los, mas fique tranquila.

- Tá legal - fecho meus olhos e acabo dormindo.

Minutos depois

- Minha filha! - escuto a voz doce de minha mãe me chamando - Graças a Deus que você está bem! - ela me dá um forte abraço.

- E aí maninha como você está? - fala Rian me dando um abraço.

- Eu já estou melhor... E vocês? O que aconteceu com os homens que invadiram nossa casa?

- Eles estão mortos... Uma pessoa apareceu do nada e conseguiu esfaqueou eles numa velocidade incrível, como nos filmes... - Rian falou.

- E depois? - pergunto me sentando na cama.

- Depois que essa pessoa matou eles, ele foi em direção ao seu quarto e não sabemos mais o que aconteceu... Em seguida escutamos as sirenes da polícia - minha mãe falou em um tom preocupado.

- O homem queria abusar de mim, eu me lembro de escutar gritos de baixo - falo com a cabeça baixa com vergonha do que aconteceu - O cara pegou uma faca e colocou no meu pescoço e... Essa pessoa apareceu - olha para a janela - Ele jogou o homem numa velocidade, sentir uma dor em meu pescoço e começou a escorre sangue...

- Seu pescoço estava cortado. Graças a Deus a faca não cortou sua veia. Você perdeu bastante sangue, pensamos que você iria... Não deixa pra lá, já passou minha filha - ela fala me abraçando.

- Quando vou sair daqui?

- Logo, logo meu bem - minha mãe fala beijando minha testa.

Ainda não conseguia entender o que havia acontecido, dá onde aquela pessoa surgiu? Isso tudo tá sendo muito bizarro, minha vida esta virando de cabeça para baixo desde que me mudei para essa cidade.

Minha mãe saiu para falar com o doutor e saber se já poderia sair de lá.

Horas depois

Finalmente estava em casa, não aguentava mais aquele cheiro de hospital, mas é meio difícil voltar aonde tudo aconteceu, várias lembranças do terror que foi aquele dia. Me deito na cama e logo adormeço.

~~~ Sonho ~~~

Estou correndo ofegante pela floresta no meio de uma tempestade, vejo aqueles mesmos homens que invadiram minha casa atrás de mim, cada vez chegando mais e mais perto, em um momento de descuido meu acabo caindo.

Os homens param a menos de um metro de mim, observando cada movimento meu.

Os homens continuam parados, não fazem nada só ficam observando feito estátuas. A tempestade ficava cada vez mais violenta, achei que seria meu fim, mas os homens aparecem cobertos de sangue caídos no chão.

Me desespero. Corro, mas tudo ao meu redor parecia está em câmera lenta. Me esbarro em alguém, pensei que estaria salva, mas ao olhar a pessoa, um verdadeiro terror veio em mim. Sua roupa estava suja de sangue, ele segurava uma faca e em seu rosto estava estampado um largo e monstruoso sorriso.

~~~~ Fim do sonho ~~~~

Acordo ofegante em minha cama, foi tudo um pesadelo. Pego meu celular e vejo que ainda são 03:21 da manhã. Respiro de vagar, para controlar minha respiração. Chega uma mensagem de um número desconhecido em meu celular.

- Não consegue
dormir? - Como essa pessoa sabe?

- Oi?

- Tava tendo
pesadelo?

- Como você sabe?
Quem é você? - Essas mensagens não foram visualizada. Que estranho.

A casa estava em um silêncio assustador, mas conseguir escutar em pequeno som de celular, não muito longe só pode ser no sótão. Seja lá quem for estava me espionando.

Me levanto com cautela, saiu do meu quarto e caminho pelo corredor escuro da minha casa, paro embaixo da escada do sótão, abaixo a porta com mínimo possível de barulho. Já dentro estava muito mais escuro do que no corredor, pego meu celular e ligo a lanterna. Fiquei olhando o lugar que era bem grande, mas próxima a saída.

Decidir sair, pois poderia ser outro ladrão. Retornei ao meu quarto e notei que havia um papel em cima do criado mudo, estranho porque não me lembro de te deixado nada.

"Sabia que a curiosidade matou o gato?"

GO TO SLEEPOnde histórias criam vida. Descubra agora