CAPITULO 10 - O BAILE PARTE 2

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LEON


Clara Muniz, nossa! Era incrível reencontra-la depois de tantos anos. Ela estava diferente, com seus cabelos negros bem escuros e longos, o rosto angelical de sempre se conservou ao longo do tempo e ela estava tão branquela quanto eu, embora isso ressaltasse ainda mais seus olhos e seus cabelos, com um vestido prata com brilho que acentuava as curvas de seu corpo que se desenvolveu, que mulherão!


Ela foi a grande paixão da minha vida, aquela pessoa que eu mencionaria quando o assunto fosse a pessoa que era apaixonado na adolescência. A emoção era ela, os sentimentos mais malucos, confusos e intensos foram dela. Era um ciúme só de outros se aproximarem, mesmo não sendo nada minha. Eram cartas e textos escritos me declarando e guardados ocultamente para que um dia eu tivesse coragem de entregar pessoalmente. Em minhas lembranças era alguém bonita por dentro e bonita por fora, resta saber o que se manteve de bom ou o quanto ela pode ter mudado nesse tempo.


Nos conhecemos na igreja, apesar de não frequentar muito quis o destino que aquele fosse o dia que seria selado esse primeiro encontro, tínhamos uma rede de amigos em comum e durante um culto encontrei a amiga dela que eu conhecia, a Iohanna, ao cumprimenta-la reparei em Clara ao seu lado e fomos apresentados. Fiquei encantado à primeira vista e a partir daquele dia passamos a nos encontrar mais devido ao colégio e começamos a trocar mensagens.


A sintonia e sinergia era impressionante, horas conversando no telefone falando de vários assuntos de forma totalmente aleatória e aproveitando das brechas para dar indiretas sobre minhas intenções, muitas mensagens trocadas, mas pessoalmente eramos muito tímidos, sentia que havia algo das duas partes, mas eu tinha que tomar as ações da situação. Isso é algo que aprendemos com a vida, se você não toma a ação, você perde por omissão. E assim foi comigo, pouco tempo depois soube que ela estava namorando com um garoto de outro colégio. Aquilo me destruiu por dentro, achei que havia algo correspondido entre nós e de repente, meu chão caiu. Foi minha grande desilusão amorosa e nunca esqueci aquilo. Durante muitos anos me questionei se tivesse tomado atitude se as coisas seriam diferentes. Sempre que pensava se minha vida poderia ser diferente em alguma coisa lembrava dela, embora psicologicamente estava pronto para seguir em frente mesmo se fosse com outra pessoa.


Depois de todo esse tempo perdi contato, não tive mais notícias. Até onde sabia ela estava namorando ainda com o mesmo cara daquela época, o Marcos. Agora estávamos ali, ela radiante e eu olhando em volta procurando o Marcos e não o vi. Será que ela ainda estava com ele? Precisava encontrar os meninos para contar a novidade, mas antes estava bem atento ao discurso dela:


- É com grande satisfação que conseguimos fazer esse evento! Ao longo desses anos muitos de vocês fizeram parte de nossa história e contribuíram para que cheguemos aonde estamos! Essa é uma noite de celebração e reencontros! Aproveitem e divirtam-se! – Os gritos e aplausos ecoaram pela fala da organizadora.


Preciso falar com a Clara, vou atrás dela!Ela saiu do palco e foi em direção ao camarim. Fui em direção a saída para tentar falar com ela, no caminho encontrei Apollo se agarrando acho que com a quinta garota se não tinha perdido as contas, o Alex estava se dando bem com seu caso platônico e encontrei o Bruno no caminho:


- E aí cara, você viu isso? Lembra da Clara? – Falei entusiasmado.


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