Entre Razão e Emoção

CAPITULO 11 - PONTO FRACO

Leon

Estava ainda de cama, sentindo as dores da noite anterior e repassando os fatos. A visão de Clara, nossa dança, meus amigos se divertindo, reencontrar pessoas que magoei e pessoas que me fizeram mal, apesar do que aconteceu comigo a festa foi sensacional.

- Leon, meu filho, tá tudo bem com você? – Minha mãe com os olhos chorosos da preocupação de sempre estava tensa.

- Um pouco de dor ainda, mas me recuperando. – Queria dar um abraço para acalmá-la e dizer que tudo ia passar.

- Estava preocupada com você já tem um tempo e ontem estava sentindo uma aflição no peito. – Disse recolhendo suas duas mãos entrelaçadas no peito.

- Por que não me ligou?

- E você atende Leon? Anda sumido e é difícil te achar em casa.

- Tenho andado meio ocupado. – Um olhar vago e distante saia de mim enquanto pronunciava essas palavras.

Ela tinha razão, foi uma das pessoas que mais me acolheu nesse momento difícil de minha vida e parei de visitá-la, perdi contato. A gratidão é algo que nunca devemos perder e minha mãe sempre esteve por mim, quer o meu bem maior até do que eu mesmo muitas vezes.

- Acalma seu coração meu filho, encontra tua paz, mas você tem que conseguir isso sozinho! Consigo mesmo!

- Obrigado mãe, pode deixar que vou melhorar, desculpa por essas emoções fortes. – Meus olhos começam a lacrimejar vendo-a desse jeito.

- Não tem culpa pelo que fizeram com você, só tem que reagir e sair dessa situação em que você está.

- Está tudo bem com a senhora?

- Está sim, vou indo, vou deixar você descansando. – Respondeu fitando meus olhos.

Reparando com calma agora via o quanto ela tinha mudado, parecia abatida, mais magra, definitivamente ela não estava bem e precisava saber algo ou tentar fazer alguma coisa para ajudar. Será que eu sou o motivo dela estar desse jeito?

Minha vida estava uma confusão esses tempos, rapidamente as coisas estão mudando e apesar de tudo sempre fui de acreditar em destino e que tudo tem seu devido motivo. Quero ser alguém melhor e me cobrarei em cima disso, a família e amigos são prioridades. Fechava os olhos e mentalizava minhas decisões passadas e as futuras. Enquanto meus pensamentos viajavam longe uma voz fez com que abrisse meus olhos, recebia mais uma visita:

- Vaso ruim não quebra hein? Como você está? – Surgiu ainda mais bonita do que a festa ou era minha paixão que estava afetando meu julgamento.

- Clara! Estou melhorando, ainda bem que você me encontrou ou ia ser difícil pegar seu contato. – Apesar das dores mostrei-me muito animado.

- Eu estava quase indo embora quando vi a confusão e tumulto, fui verificar do que se tratava e chegando lá você envolvido na confusão como sempre. – Falou de forma sutil e um pouco descontraída.