“Eu espero mesmo que gostes, porque será a tua casa daqui para a frente… Para sempre.” Para sempre. Para sempre. Para sempre; estas palavras ecoam na minha mente.
Eu olho para ele e eu sei que ele está à espera que eu diga algo sobre o que ele acabou de balbuciar, mas eu escolho não dizer nada. Não acho que seja a altura certa.
Eu dou-lhe um pequeno sorriso em vez de partir para um argumento e começo a subir os degraus que dão para a porta da frente da mansão, ainda só a vi por fora… Eu ouvi dizer que as pessoas ricas têm piscinas… Gostava tanto de ver uma, já vi por fotografias quando estava no trabalho, mas nunca estive perante uma. Não queria entrar nela, como é óbvio, pois não sei nadar, mas adorava ver uma.
“Tens uma piscina?” Eu digo sem pensar e coro logo de seguida. Raios! E se ele tiver? E se ele perguntar-me porque é que eu estou interessada em saber se ele tem uma ou não? Não vou dizer que tenho curiosidade em ver uma piscina, seria tão vergonhoso! E se ele me perguntar se eu sei nadar? Eu não sei! Dizer que não sei nadar seria ainda mais vergonhoso! Ugh!
“Tenho. Uma no pátio e outra dentro. Porquê?” Ele diz a andar enquanto sorri-me de canto. “Gostavas de ver?”
“Sim!” Eu digo rapidamente demais e pelo que parece a milésima vez hoje, eu coro. “Quer dizer, claro… Quando tivermos tempo… Não precisa de ser agora, nem precisamos de ver. Claro. Isso. Não precisamos de ver.” Eu tento emendar nervosamente.
Ele ri-se e algo nos seus olhos brilha enquanto ele olha para mim e eu olho para o outro lado para ele não ver-me agora com o pescoço, orelhas e bochechas todas vermelhas.
“Anda.” Eu sinto ele a pegar levemente na minha mão e depois a entrelaçar os nossos dedos. Para de corar, Sky!
“Uh… Sim, claro. Obrigada.”
A mansão é ainda mais bonita do que eu imaginei; se é que isso é possível. À entrada há uma enorme escadaria de cada lado e um grande candelabro no meio. Ao andar pelos inúmeros corredores que ele me leva, cada um mais luxuoso que o outro, finalmente chego à piscina.
É de noite, mas surpreendentemente não está muito frio, pelo menos não aqui, então eu chego-me para ver melhor. Oh... É tão diferente daquilo que estou habituada; daquilo que eu estava à espera. Ela é enorme e tem luzes, ao lado tem outra coisa redonda que parece uma mini-piscina… Eu não sei o que é aquilo. A piscina é muito funda, na parte em que eu estou a ver.
Eu ouço Harry a rir-se atrás de mim. “Não entendo o teu fascínio com piscinas.” Eu encolho os ombros.
“É um dos meus muitos fascínios. Nem imaginas a quantidade.”
“Vou ter muito prazer em sabê-los a todos, mas enquanto não chega o tempo porque não ir nadar um pouco?” Ele propõe.
“Uh… Talvez seja melhor não. Está frio.” Eu digo tentando parecer descontraída; espero que o meu talento para mentir ajude-me aqui.
“Não, não está.” Ele dá um passo para mim a sorrir. “Eu acho uma ótima ideia. Tu sabes nadar, não vejo porque não.”
Eu começo-me a desviar da piscina para longe, não querendo estar perto dela agora. Quando ele diz que eu sei nadar eu escolho não corrigi-lo.
“Não me apetece muito, fica para outra altura.” Eu tento.
Ele sorri com um brilho no olhar desconhecido. “Porque não agora?” Dito isto ele avança até mim numa rapidez incrível, pega-me ao colo e eu só tenho tempo de dizer:
“Não–“ Eu entro na piscina e abro os olhos, mas fecho-os de seguida quando estes ardem.
Uma onda de pânico enche-me e eu não sei o que fazer, eu tento-me mexer, nadar, seja o que for, mas parece que eu só me afundo mais. Eu começo a sufocar enquanto debato-me na água, mas nada resulta! Eu tento respirar, mas isto só faz com que eu engula mais água. Eu começo a perder forças e a fechar olhos, quando eu sinto a presença de outra pessoa na piscina que seguidamente agarra-me pela camisola puxando-me para cima com toda a força e rapidez.
Eu começo a tossir incontrolavelmente enquanto sou pousada no piso ao lado da piscina. Acho que nunca amei tanto respirar.
Depois de alguns segundos e inúmeras tosses, eu sinto-me a ser levantada pela camisola novamente e de seguida ser puxada com toda a força contra a parede fazendo uma dor enorme criar-se nas minhas costas e cabeça.
Eu olho para a frente assustada e vejo olhos quase pretos a observarem-me. Eu nunca vi ninguém com tanta fúria em toda a minha vida.
“O que é que tu estavas a pensar?!” Ele abana-me os ombros com toda a força, magoando-me ainda mais e eu consigo sentir as lágrimas a formarem-se nos meus olhos. O quê? Porque é que ele está assim? “Tu podias ter morrido! Não podias ter-me dito que não sabias nadar?! Ahn?!” Ele grita comigo e abana-me novamente.
Os meus olhos olham-no tão assustados como nunca antes.
“E-Eu… D-D-Desculp-pa…” Eu gaguejo com os soluços que são libertados devido ao meu choro.
“Desculpa?! E se eu tivesse-te perdido?! Ahn?!” Ele grita tão alto que eu julgo ter ficado surda por uns segundos.
“D-Desculpa… Eu-Eu… Peço-Peço… Desculpa.” Eu estou tão assustada; ele está tão mau, mas tão mau… É tão assustador. “P-Por favor, l-l-larga-me…” Eu gaguejo incontrolavelmente. “E-Estás… A… A… M-Magoar-me.” Eu choro.
“Pedes desculpa?! É essa a tua ‘desculpa’? Lamentares?! Isso não vale para nada.” Ele cospe as palavras e eu encolho-me.
Porque é que ele está assim? Ele é que atirou-me para a piscina… E mesmo assim, não há razão para ele estar desta maneira; se ele estava preocupado se eu morria ou não, ao eu não ter morrido ele devia ficar contente, não desta maneira. Ele estava tão bom antes…
Ele larga-me finalmente e eu caio para o chão assustada, agarrando os meus joelhos, chorando desalmadamente.
O que é que foi isto?
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Dramático. LOL.
Oh, e aquela é a Sky… Novamente. -->
Votem e comentem! Thanks! :D
- Tess.
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Empire
FanfictionO mundo que as pessoas conheciam no século XXI mudou. Criaturas míticas? São tudo menos míticas. Elas existem e agora elas comandam. Ou pelo menos, uma comanda; os Shifters. -- Existiam mais, existiam centenas de espécies diferentes, mas elas foram...