8. Why?

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Depois do que pareceu uma eternidade de mim a chorar, eu sinto uma mão a tocar-me levemente no joelho.

“Sky?” A sua voz está repleta de arrependimento, mas ambos sabemos que ele está a fazer uma representação, ele não sente arrependimento; um homem que acabou de fazer o que ele fez, não pode sentir arrependimento. Eu afasto-me do seu toque, com medo que ele magoe-me ainda mais. As minhas costas e nuca gritam com dor, mas eu ignoro-as. Tudo o que eu quero menos é que ele me veja ainda mais vulnerável e que tire ainda mais prazer da minha dor.

“Sky… Eu… –” Nem uma desculpa. Nem uma desculpa consegue pedir. Provavelmente porque não se sente arrependido ou então é demasiado orgulhoso para tal.

Eu sinto-o a acariciar o meu cabelo levemente e eu afasto-me virando a cara para o outro lado com pequenas lágrimas ainda a escorrerem-me dos olhos. Ao tirar a mão, ele toca de leve no meu ombro e eu sinto que este também dói e arde... Que surpresa. Depois da maneira que ele cravou os dedos e unhas nos meus ombros enquanto abanava-me.

A minha vida a partir de agora vai ser assim? Viver num abuso?

Eu ouço-o a suspirar em derrota e a levantar-se. “Eu vou mandar uma empregada levar-te ao teu quar–“ Ele para e cheira o ar duas vez. Que raio?

Ele toca e faz pressão nos meus ombros e eu rapidamente levanto a cabeça dos meus joelhos e olho para ele com olhos suplicantes. ‘Por favor, não me magoes mais’ os meus olhos refletem.

Ao tirar a mão, ele olha para ela e está suja de sangue.

Ele olha para o lado, com os olhos fechados e abana que não a cabeça repetidamente. De seguida, avança até mim e pega-me ao colo, forçando-me a meter as pernas à sua volta para não cair.

“Não –, deixa-me, por favor.” A pressão que ele faz no meu corpo só vem trazer mais dor.

Ele ignora-me e como se eu pesasse absolutamente nada, leva-me ao colo, subindo escadas e abrindo portas, só que ele nem mete as mãos à minha volta para me segurar, o que me obriga a ter de meter os braços à volta do seu pescoço e pressionar o meu peito contra o dele. Estúpido.

Ele finalmente posa-me em algo e eu abro os olhos e tiro logo as mãos de volta do seu pescoço. Ao olhar à volta, vejo que estou na mais luxuosa casa de banho de sempre, é branca e dourada e tem um ar feminino. Ao entrar, tem de cada lado espelhos com respetivos lugares para se lavar as mãos, com candelabros em cada lado, com prateleiras cheias de toalhas e outros inúmeros produtos, depois há uma enorme banheira no centro que para se lá chegar há degraus e em cada canto há duas portas, uma que não é nítida e que eu penso que ao entrar vai dar a um espaçoso duche e a outra provavelmente liga a outra casa de banho.

“Tira a blusa.”

“Desculpe?” Eu desvio a minha atenção dos balcões de mármore e coloco-a nele.

“Tira a blusa, eu tenho de te desinfetar isso e ver como está.” Ele disse impacientemente.

“Não.” Eu era a pessoa mais tímida que alguém poderia vir a conhecer e recusava-me a tirar a blusa.

“OK.” Ele avança até mim e inesperadamente rasga-me a blusa ao meio e depois tira-a com um puxão. Eu olho para ele assustada e a minha primeira reação é tentar tapar-me com os meus braços.

“Sky, para, OK? Eu juro que não olho para nada a não ser os teus ombros.” A sua voz é determinada e eu sei que não tenho outra escolha.

Resignadamente, largo o meu tronco e fico a olhar para a porta, ainda assustada com tudo o que se passou e da maneira que ele agiu à pouco na piscina.

Depois do que parece uma eternidade de eu a rever e a pensar em tudo o que acabou de acontecer e dele a tratar de mim, ele acaba.

“Pronto.” Ele arruma as coisas e depois ajoelha-se perante mim para ficar ao mesmo nível que eu, visto que estou sentada.

“Posso ir agora para casa?” Eu tento.

“Sky.“ Ele suspira tentando manter a calma. “Eu pensei que já tinhamos falado sobre isto; tu não vais voltar, OK? A tua casa agora é esta, aqui, comigo. Tu és a minha alma gémea e quanto mais cedo aceitares isso melhor.” Ele explica como se estivesse a falar com uma criança de cinco anos.

“Eu estava a aceitá-lo da melhor maneira que podia até teres feito aquilo. O que é que foi aquilo para começar?” Eu abraço-me com o frio que está agora a ficar e abano a cabeça. “Posso simplesmente ir para um quarto qualquer? Eu prometo não fazer nada de mal.” Eu desvio o olhar dele.

“Sky, eu preciso que me perdoes. Desculpa.” Eu olho rapidamente para ele ao ouvi-lo pedir desculpa e algo dentro de mim sabe que ele o diz de forma genuína.

“O que é que se passou ali?” Eu digo com medo.

“Eu simplesmente passei-me. Eu não sabia que não sabias nadar e tu tinhas este fascínio por piscinas o que me levou ainda mais a pensar que soubesses nadar e então, em brincadeira, decidi atirar-te, mas tu depois nunca mais vinhas ao de cima e eu comecei a entrar em pânico e depois, simplesmente passei-me completamente contigo só por pensar que quase te perdi. Desculpa.” Ele diz muito rapidamente, mas sempre com uma voz segura.

“Eu não quero que isto estrague o começo desta relação.” Eu coro um pouco e aceno que sim com a cabeça.

“OK.” Eu digo por fim.

Ele sorri-me e dá-me a mão.

“Anda, ainda há tanto que eu te quero mostrar.”

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Passo anos sem atualizar, mas depois quando atualizo é quase todos os dias.

8-80, diria eu.

Votem e comentem! Por favor! É sempre uma motivação para continuar a escrever, vocês nem imaginam.

Aquela é a casa-de-banho, já agora ---->

Thanks!

- Tess.

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