Capitulo-5 Frisk

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Parei fora da tenda respirando fundo e passando a mãos no cabelo e me ageitando, era muita coisa pra absorver, mas ali entre aquelas tendas eu tinha que me mostrar como a filha do rei, a futura rainha, mesmo não  querendo isso, ainda mais agora depois de tudo isso.

Tinha que tirar essa história a limpo, ver oque encontrava sobre o nosso primeiro contato com os monstros, e demonstrações de magia, ou algo que nos desse uma pista do que está  acontecendo com Chara.

Fui em passos rápidos e firmes na direção da tenda onde o rei guardava suas papeladas e livros. Tinha que ter algo que nos ajudásse por ali.

No caminho, na sombra de uma das tendas, vi uma gaiola, mais ou menos da minha altura. Quando escutei um gemido e choramingar, parei no mesmo estante.
O refém! Só  poderia ser ele, nunca tinha visto celas por ali, não  tinha muitos motivos para telas, não em uso, já que nunca haviam deixado um monstro vivo.

Ele estava tão próximo de nos e nem sabíamos dele ali, o rei nos mantia sempre ocupadas ou isoladas dos assuntos em volta de nos que não eram "necessários no momento" . 

Olhei em volta, não havia soldados muito próximos dela , para o refém não estar com escolta deve estar em péssimo estado. Coisa que é  de se esperar.

Escutei outro gemido, e meu coração apertou, mesmo sendo um "monstro" ele não deveria estar ali naquele canto escuro e umido e sabe-se lá como está  seu físico. Ninguém merecia.

Me aproximei devagar sem ser vista pelos  guardas distantes e sem me encostar na grade, não queria parecer medrosa ou coisa do tipo , mas nunca tinha visto um "monstro" tão  de perto e menos ainda conversado com um.

Me agachei do lado da grade enxergando apenas um vulto lá dentro, o cheiro era de sangue e azedo. 

Suspirei criando coragem.

-Olá?- falei com voz doce tentando mostrar que não ia fazer nada- Você é refém do rei, certo?

Escultei uma risada grave e cansada vim do fundo.

-Me mandaram uma menina pra vim me buscar pra ser morto? -risada irônica - Melhor forma de me acalmar.

Fiz uma careta de tristesa e pena e me sentei no chão cruzando os braços. 

-Não vim te buscar para te matar. O escutei gemendo de dor e.....-e oque ? Oque eu poderia fazer pra mudar? Não muita coisa no momento , olhei para  minhas mãos no colo, não  posso fazer nada. Nem por ele nem por outros nessa guerra que estão se ferindo sem nem saberem o motivo.

Um frio atingiu meu coração o enchendo de angústia, me sentia fraca, com dificuldade de respirar derrepente.

-É isso que acontece quando humanos aprisionam, nós "os monstros".- ele se move vindo pra onde eu podia vê-lo, arregalei os olhos- Dor, e mais dor é  oque acontece com nós. 

Um jovem, parecia ser um pouco mais velho que eu,  com a pele extremamente branca, dava para ver seus ossos sobre a pele, olhos fundos e cansados e um deles roxo  destacando a cor cinza deles, seu cabelo também branco quanto sua pele, estava manchado de vermelho, sangue. Lábios cortados que tinha um sorriso cansado e dolorido, seus pés e mãos algemados por correntes que o cortava e feria nos lugares, suas roupas surradas e manchadas de sangue, havia tantos outros machucados que demoraria para contar todos.

Meus olhos arderam com a verdade ali deante dos meus olhos, nós  somos os monstros. Coloquei as mãos na boca engolindo um solução.
Meu coração se apertou tando que eu podia jurar que pararia de bater a quaquer momento, minhas mãos tremiam imaginando os outros horrores que não  havia presenciado.
Onde estáva que não vi esse lado da guerra? Porque numca consegui penssar por conta propria nisso? Me sentia tão culpada como se eu mesma tivesse iniciado a guerra.
Finquei as unhas na palma da mão  com força sentindo ódio de mim, do meu pai, e de toda aquela citação

Minha tristeza mudou rapidamente para raiva e depois força de vontade, determinação. Tenho que arranjar uma forma de acabar com essa merda toda. Senti meu corpo formigas pelas emoções que transbordavam de pensar em acabar com os planos daquele maldito rei.

 Fiquei séria e me segurei nas barras me aproximando dele , ele se assustou um pouco e recuou me olhando fixamente nos olhos meio confuso. 

-Vou tira-lo dai! Não suporto mais essa guerra é essas atrocidades.-ele não respondeu só me encarava confuso e desconfiado- Mas como vou fazer?  Não pretendo mais seguir as regras do rei, e duvido que Chara o seguirá. Se tirar você  dai, pra onde te levar? Nossas  cabeças estarão em prêmio. - pensei em voz alta.

Ele riu, uma risada surpresa, que por sinal até soava um pouco bonita.

-Uma traidora? Ou um anjo ? Quem diria que havia alguem como você no meio deles. -ele ri- Bem. Se você for fazer mesmo oque está dizendo, sei onde você e essa tau de"Chara" podem ficar .

Sorri como resposta sentindo meu rosto esquentar um pouco pela comparação a um anjo.

-Então está feito. Volto até a noite, e não se preucupe eles não vão te matar, eles precisam de você vivo para um plano que eu vou destruir.

-Gostei de você anjo.- disse sorrindo de uma forma quase charmosa, se não fosse os machucados e roxos.

-Me chamo Frisk, não anjo.-disse revirando os olhos meio vermelha-E qual seu nome? 

-Então anjo, me chamo Sans, prazer em conhece-la.

-O prazer é meu, agora vou indo tenho muita coisa a descobrir ainda antes de sair.-me levantei de presa saindo de lá seria e determinada a acabar com essa guerra.



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Já havia revirado tantos papéis, que minhas vistas doíam. 

As únicas coisas que tinha encontrado foi uma nota da mamãe falando que havia encontrado uma forma de realizar eu sonho na margem da capa de um livro que guardei comigo, nada mais. Sobre os olhos da Chara, nada nunca havia sido citado antes, pelo menos não naqueles papéis.

Como pretendia sumir daquele lugar, pequei um mapa da região, e sai da tenda para voltar onde Chara estava.

Andava apressada entre as tendas, a tarde já estava acabando, e eu não passo mais um dia aqui !

Esbarro em alguém quase caindo com tudo .

-Perdão. Senhor....-levantei olhar encontrando o rei- Rei.- fiz uma reverência contra  gosto e meio tremula e fui continuar meu caminho. 

-Espero que a descoberta de mais cedo as mantenha no lugar de vocês. E você não me decepcione como sua irmã, Frisk.- ele segurou meu ombro antes ir , senti toda a ameaça escorrer da boca dele como uma cobra. E a confirmação que ele já havia matado e mataria de novo, mesmo que fosse sua própria família para se proteger, estava ali.

 Sem me virar disse.

-Sim meu rei. - e sai andando mais devagar um pouco, se fosse pega seria morta sem dúvidas. 

Cheguei na nossa tenda com as emoções a flor da pele, sentia meu corpo formigas.

-Chara! Vamos embora daqui e acabar com essa guerra!- disse com uma força que nem sabia que existia em mim.

Chara deu um pulo da cama e me olhou assustada e depois riu. 

-Já pretendo fazer.-isso ela mostra as coisas arrumadas e estava vestida com sua roupa que ela quase se tornava uma sombra. -Alias, acho que não sou a única aberração aqui.

Ela me joga o espelho e vejo um dourado sumir aos poucos dos meus olhos e ele voltar ao seu castanho normal. 

Sorri.

- Vamos logo, vamos ter companhia, um parceiro pra nós ajudar .

Ela pareceu confusa mas concordou.

-Vamos lá!.

L.O.V.EOnde histórias criam vida. Descubra agora