Capítulo 6 - insolito

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Camila acordou sorridente essa manhã, podia jurar que se estivesse em um conto de fadas, vários passarinhos iriam vir acorda-la. Mas no mundo real, quem a acordou foi o despertador, porém nem isso poderia acabar com a felicidade da garota. Ela não conseguia pensar em motivo para estar dessa forma, entretanto algo dentro de si apontava para Lauren.

A latina podia ter certeza que conhecia aqueles olhos de algum lugar, só não conseguia lembrar de onde, talvez fosse apenas uma impressão. Afinal, ela via novos rostos todos os dias, pudesse ser que a achou parecida com algum dos seus clientes; mas aqueles olhos, aqueles malditos olhos tinham algo de diferente dos demais. Só não conseguia distinguir o quê.

Ela se espreguiçou e checou seu celular antes de se levantar, olhou ao redor do seu quarto e sorriu satisfeita. Ontem havia feito uma grande faxina nele, culpa da sua mãe Sinueh que praticamente ordenou isso. Camila demorava dias para arrumar seu quarto, mas não era por preguiça, ela só não tinha tempo.

Camila calçou suas pantufas de banana e deixou seu celular na cama, ela foi até o banheiro e encarrou seu reflexo, havia um brilho diferente em seu olhar, até sua expressão estava mais leve. O que as férias não podiam fazer por alguém?! Ela trabalhava em uma imobiliária de grande nome no centro de Miami, havia feito faculdade de arquitetura, mas ainda não tinha conseguindo um emprego na área que desejava, se contentou com o emprego na imobiliária. Ganhava um bom salário, era uma das melhores, ainda assim não se sentia satisfeita.

“Querida, você não vem tomar café da manhã?”, Camila escutou a voz grossa do seu pai soar atrás da porta e apressou-se em terminar de fazer sua rotina matinal.

“Já estou indo papa, estou apenas terminando de me arrumar.”, respondeu e voltou a pentear seus cabelos.

“Não demore, estamos te esperando.”, disse Alejandro, se afastando da porta.

Camila terminou de pentear seus cabelos e dirigiu-se até a sala de jantar e se aproximou da mesa, seu pai estava sentando na ponta da mesa, sua mãe ao seu lado direito e sua irmã ao lado esquerdo.

“Bom dia, papa.”, disse Camila e beijou a cabeça do mesmo. “Bom dia, mama.”, se aproximou da sua mãe e beijou sua testa. “Bom dia, Sofi.”, beijou a bochecha dela e sentou-se ao seu lado.

“Achei que iria sair com Dinah hoje.”, disse Sinu, enquanto passava manteiga em sua torrada.

Camila pegou a jarra de café e despejou o líquido na xícara, tomando um pequeno gole e colocou-a de volta na mesa. “Irei na livraria hoje à tarde, só verei Dinah amanhã.”, pegou um pedaço de bolo e colocou em seu prato.

“Porquê está indo tanto na livraria, kaki?”, perguntou Sofia, e Camila estreitou os olhos para a caçula.

“Nada Sofi, só é melhor de ler lá.”, disse Camila dando de ombros.

“Hm, será mesmo Sinu?”, perguntou Alejandro rindo e encarou sua esposa.

“Não sei Ale, se for importante, vamos saber rapidinho, não é Karla?”, disse Sinu, e Camila revirou os olhos.

“Não me chame de Karla, mama. Sabe que não gosto.”, disse Camila e fez um bico irritada.

Sinueh esticou-se sobre a mesa e segurou as bochechas de Camila, as apertando movendo-as de um lado para o outro. “Mas eu amo te chamar de Karla, supere isso".

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