COLEÇÃO POR UM SONHO _ A esposa.

Capítulo 18

_Vejam isso...

Marta e Gisele nem acreditaram na mudança.

_Meu Deus... como conseguiu?! _Marta punha as mãos na boca maravilhada.

_Está incrível... continua um ovo, mas o ovo mais bonitinho do mundo. _Gisele reparava na pintura da parede. _Como conseguiu fazer isso... parece trabalho de um profissional...

_Porque não reparou no piso. _Marta destacou.

_O quê? O piso também foi você?

_Elisa sorriu.

_Caraca Elisa... meu... meu pai é pedreiro profissional e da porta você ver os defeitos do piso... cara com você na concorrência meu pai não tem chance afinal quem iria querer contratar um barrigudo barbado em vez de uma loira gostosa am?

_Você é incrível Gisele! _Elisa ria.

_Bom, agora falta os móveis. _Marta andava pelos ambientes com perícia. _Eu estava mesmo pensando em trocar o meu sofá e há uma cama no meu quarto de hóspedes que não é usada há séculos.

_Marta...

_Não ouse dizer não.

_Lisa mas você... tipo... ele é rico e... vocês tipo... são casados e... mesmo que se divorciem ele é obrigado a...

_Gisele... Alex e o dinheiro dele para mim estão fora de cogitação.

_Mas e quanto ao Hugo...

_Hugo é um rapaz muito forte e vai ser bom pra ele ver um outro lado da vida. Afinal não vai ser tão ruim... _E uma lágrima desceu pelos olhos de Elisa._Não vai ser tão ruim...

_Me desculpa. _Gisele a abraçou por trás. _Eu sinto muito. Apenas acho que por tudo que fez por ele, tem direito a tudo que ele conquistou.

_Pois eu quero ter as minhas próprias conquistas... E nunca mais quero ouvir de homem nenhum que vivo de seu favor.

_Sabe que eu te admiro muito não é? _Gisele secou uma lágrima do próprio rosto. _E eu vou estar aqui para o que der e vier.

Elisa sentiu-se enternecida pelo carinho das duas... céus... se não fosse por elas, por toda aquela força como estaria naquele momento? Em primeiro lugar estaria na rua.

_Ai suas bobas, parece que gostam de me ver chorando. _Enxugou uma lágrima. _Bom. Temos que correr, afinal não podemos perder tempo, minha agenda agora é uma loucura.

Gisele colocou então o computador em cima do pequeno balcão que separava a sala da cozinha e as três passaram a se concentrar nas atividades da faculdade.

Pela madrugada Elisa seguiu para padaria que ficava do outro lado da rua. O cheirinho de pão poderia ser sentido de longe.

_Bom dia seu Antônio? _Elisa sorria pondo o avental. Era seu terceiro dia de trabalho e definitivamente uma das melhores sensações que já sentira.

__Bom dia minha princesa do bairro. Já disse que o bairro ganhou um novo sol quando você chegou?

_Sim, seu Antônio, já disse. _Riu.

_Como vai sua reforma? _Ele falava sem parar de andar para lá e para cá fazendo os pães mais deliciosos do mundo.

_Muito bem. Acabei de pôr o piso e estou terminando a pintura.

_Já disse que você é uma moça incrível?

_Sim já disse seu Antônio.

_Pena que é bonita demais, moças bonitas demais costumam ser uma dor de cabeça, oxe!