A Justiceira [Camren]

Capítulo 11- Concepção

Primeiramente, quero pedir desculpas por ter abandonado essa fic. Eu passei por um período ruim em que não conseguia me concentrar para escrever, e sim, isso durou mais de um ano. Quero agradecer a quem comentou pra eu continuar no capítulo de aviso que eu tinha publicado, se não fosse isso, eu não estaria continuando. Minha dinâmica de escrita deve estar diferente agora, porque passou bastante tempo, mas espero que eu ainda escreva essa história com a mesma essência de antes. Com certeza vão ter erros, assim como em todos os capítulos rs. Eu sou lerda demais e agora escrevo pelo celular, então ignorem erros. Enfim, aproveitem <3

Votem e comentem por favorrrrrrr

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Lauren Jauregui's point of view

Meu sangue parecia quente dentro de minhas veias, quase como se eu conseguisse senti-lo pelos caminhos dentro de minha carne. Coloquei uma mecha de meu cabelo atrás da orelha e olhei para Camila de relance, que me lançava um olhar de extremo cuidado. Óbvio que eu poderia esperar uma dezena de coisas ruins, tudo nela me mostrava que nada em sua vida era simples. Muito pelo contrário disso, mostrava que tudo em sua vida era de constante perigo. Então o nível de preocupação da mulher era compreensível.

Não havia nada em Camila que me parecesse raso, e acho que é por isso que minha atração por ela se tornava cada vez mais arrebatadora. Ela era uma infinidade de possíveis realidades, um mundo vasto de possíveis acontecimentos. E eu era uma eterna curiosa. Mas estava começando a me perguntar onde minha curiosidade havia me metido dessa vez.

Dinah nos olhou curiosa por um momento, enquanto eu e Camila ainda nos olhávamos, a mais alta estava com os olhos levemente cerrados. Parecia divertir-se com nossa pequena interação silenciosa. Camila a olhou como se desse algum tipo de aval para começar a me explicar tudo, então olhei para a mais alta.

Ela era uma mulher bastante bonita, do tipo que não costumamos ver em qualquer lugar. Suas proporções eram grandes, mas tudo no devido lugar. Exuberante. Apenas coisas que não pude deixar de perceber. Ela me olhou compreensiva por um momento, pelo momento complicado em que estávamos e começou a falar.

- Para começar, preciso que se mantenha calma e esqueça tudo que você pensa que sabe sobre caráter humano. - Dinah avisou. - Vou dizer coisas bem difíceis de se ouvir, então preciso saber se está mesmo disposta a saber mais ou se quer continuar não sabendo e nos deixar cuidar disso.

Camila agora me olhava com esperança, como um fio pequeno e fino guardado dentro de si. Ela sabia que eu ia querer saber mais, isso era óbvio, todo o nosso envolvimento até aqui se fez por conta da minha curiosidade. Ignorei o olhar quase suplicante da mulher, e assenti na direção de Dinah. Que apenas suspirou e se conformou com a minha decisão, Camila apertou minha mão mais forte.

A sala de Camila era bem arejada, mas parecia estar ficando cada vez menor e quente.

- Bom, basicamente, pizzagate é uma rede de prostituição infantil. Na verdade, todo tipo de exploração infantil que você imaginar, não só de prostituição. Eles são bem abrangentes com idades, ao contrário do que as pessoas que acreditam existir essa rede acreditam. Então há crianças, adolescentes, adultos. Todas as idades, para diversos fins exploratórios.

Digeri a informação dada com pressa e, de repente, Camila parecia avaliar minuciosamente minha expressão. Parecia estar preparada para o pior tipo de reação vinda da minha parte. Para elas já parecia um assunto rotineiro, podia-se ver o revolta em seus olhares, mas também um certo costume. 

Dinah esperou um tempo, tudo entrava com bastante força em minha cabeça. Como se estivessem abrindo meu crânio com uma britadeira e enfiassem a informação lá à força. Óbvio que essas coisas existem, é óbvio. Mas a gente nunca espera ficar com isso cara a cara.