3° Os segredos que Londres esconde

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Irei avisar quando colocar a música pra tocar 🌻

– Bom dia Duquesa, estou surpreso que se dispôs a descer, mesmo diante do horário – disse um homem magro com olheiras fundas e com a barba para fazer

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– Bom dia Duquesa, estou surpreso que se dispôs a descer, mesmo diante do horário – disse um homem magro com olheiras fundas e com a barba para fazer. Este falava de forma irônica com Olívia, se remetendo ao horário tardio, porém isso ao menos  pareceu surtir efeito quando a mesma nem se dignou em responder, apenas continuando a descer, calmamente,  escada abaixo. Naquela manhã a Duquesa estava com um vestido branco com pequenos pontos amarelados, e suas jóias pesadas e caras que davam ao tom escuro uma tonalidade ainda mais viva e jovial.

Quando Bovoary pousou seus calçados delicados no chão completando sua descida foi que recebeu o braço direito de Sebastian, para se ancorar, sentindo o olhar do barbudo sobre si. A Duquesa apenas soube revirar os olhos, apertando o braço de Sebastian em uma forma falha de descontar um pouca da raiva em algum lugar, sua respiração foi segurada quando em um piscar de olhos já estava sem apoio algum do servo, e a cadeira estava a ser afastada para ela se sentar.

– Bom dia a ti –  diz se acomodando sobre o acento. – Harry. – Tudo o que se dignou a fazer foi um rápido comprimento com a cabeça para Stuart, qual devolveu do mesmo jeito voltando a se entreter com a montanha de comida a sua frente. -
E está dispensado por agora Sebastian, vá comer. – Olhou para o criado que assentiu e saiu da sala de jantar.

– Hm... Isso aqui é muito bom. – E o barulho dos dentes de Stuart tocando grosseiramente o garfo, enquanto ele atacava os pratos, postos em sua frente, foi repulsivo. Olívia agradeceu por estar a umas doze cadeiras de distância do corpo, mas logo depois apenas soube sorrir falsamente quando olhou para sua frente e deu o cara com o olhar do rei sobre si.

– Não recebi informação alguma sobre este seu novo criado, decidiu comprá-lo pelas ruas de Londres ou o trouxe de onde veio? É um dos seus? – questionou o homem pegando uma taça, com pequenos detalhes esculpidos na mesma, e a levantou. Apenas alguns centímetros acima da mesa e rapidamente Olívia viu a mulher de cabelos grisalhos, que conheceu noite passada, colocar uma quantidade significativa de vinho na taça.

– Bebendo a esta hora Majestade? – Sorriu o encarando divertida e levantando também uma taça, mas apontando para a água com limão. – Isto não fará bem a sua saúde e gosto de meus bichinhos saudáveis.

– Teus bichinhos? – Riu rouco e seco enquanto tomava um gole da bebida, que desceu por sua garganta trazendo uma queimação confortável em seu interior. – Por isso comprou este servo, ele é um dos seus brinquedos saudáveis?

– Não, claro que não  – murmurou, enquanto levava seu tronco para trás e deixou a empregada, de olhos puxados, colocar um pano em seu colo, para impedir que se sujasse. – Este não me vendeu a alma nem o corpo, infelizmente. De todos aqui digo que a alma dele é a única com chances de ir para o céu.

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