1° OLÍVIA BOVOARY

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Século 16: Descobrimento do Brasil

Século 19: Londres abriu sua primeira linha de metrô. Abolição da escravidão.

1665:Planos urbanistas começaram, boa parte estava fechada por uma muralha posta no século 3, eu acho.

Aqui será apresentado grandes junções de tempo, esses três séculos serão colocados como se estivessem acontecendo todos no mesmo tempo.

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- Estou morta, quase não aguento-me em meus próprios calçados, e essa cinta também, como alguém vive com isso? sinto que se esses laços forem apertados mais um pouco vão me fazer colocar meus ossos pra fora

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- Estou morta, quase não aguento-me em meus próprios calçados, e essa cinta também, como alguém vive com isso? sinto que se esses laços forem apertados mais um pouco vão me fazer colocar meus ossos pra fora. -resmungou Olívia enquanto andava por meio da multidão, com uma vestimenta estilo imperial, cintura apertada, o busto avantajado e em baixo sendo mais largo e confortável. - O corpo desta mulher ainda é fraco, quando o peguei já estava apodrecendo, o esforço que estou sendo obrigada a fazer só pra andar com essas roupas me faz borbulhar de raiva.

- Bom então terás de achar uma forma de se acomodar por entre esses bordados. Contudo, assim que pegarmos esse trem e andarmos de encontro á rua Bond Street, a senhora verá que não será necessário se preocupar muito com as roupas, teremos coisas piores para aturar, tanto que nem notará o desconforto que uma simples roupinha faz. - falou calmamente Harry, que se continha em uma estado relutante tentando manter uma postura correta, e ignorar o desleixo da mulher que falava abertamente sobre a possessão que teria feito no corpo de uma ex-escrava. - Ainda sim, estou um tanto quanto "animado" como os humanos dizem. Faz tempo que não ando nessas ruas geladas e belas - disse enquanto sorria para Olívia que apenas se pôs a fechar o rosto.

- Animado? - riu enquanto repetia a palavra - Que palavra feia, por que não dizer desanimado ou malignamente animado, me soa melhor -respondeu Olívia, presa em seus próprios pensamentos confusos e aproveitando também para com a mão esquerda arrumar seus cachos caídos delicadamente por seus ombros, e também posicionar melhor o chapéu arredondado e amarelado sobre sua cabeça.

- Não estamos mais no inferno senhorita... - murmurou Stuart, jogando a última mala no vagão da máquina de locomoção, logo começando a andar com a mulher em seu encalço.

- Aliás ordeno que diga-me, para onde exatamente estamos indo?

- Palácio, rei, missão, morte a todos!? Isso não te lembra algo? - Harry estava de mal humor já. - Vamos pegar o trem agora, para chegar mais rápido.

- Eu poderia nos levar, chegaríamos em segundos.

- Tens que se acostumar a viver como os humanos, Ó vossa Maldade. - Revirou os olhos.

Mas aquilo fez a moça de traços finos rir - É um assunto diferente eu sei, mas tenho que contar que meu corpo está a se remexer em ansiedade para entrar nesta... Hm nesta coisa grandiosa, definitivamente pedirei para porem algo parecido por entre meus círculos infernais. - E então desatou a falar, Stuar já tinha percebido que a mulher, tão poderosa e grandiosa a quem guiava era uma verdadeira tagarela - E hm... sempre assusto-me toda vez que vejo o quão bons esses bichos são na hora de criar coisas, odeio a vestimenta, mas sinto-me fortemente atraída por essa máquina estranha.

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