Fugitivos do sobrenatural

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Eu não estava afim de ir no último dia de aula, no entanto, era obrigado. E seria apenas mais um dia que eu teria que agüentar aqueles idiotas da classe. Então levantei e fui ao banho, ao término me sequei e fui em direção ao espelho, em frente a ele escovei os meus dentes. Eu não gostava nada do que via todas as manhãs em frente a ele, eu não me sentia bem, aquela aparência não me agradava; moreno, olhos de cor castanho-escuro e meu cabelo não era bom. Sai o mais rápido possível da frente do espelho, então me vesti, como era o último dia de aula eu não me importei de não ir com o uniforme. Então vesti: bermuda vermelha e uma camisa preta que no centro tivera uma caveira, e por último um tênis preto. Olhei para o relógio e vi que já estava atrasado, se eu não conseguisse entrar no último dia de aula meus pais me matariam.

- Caramba! Estou atrasado - eu disse e em seguida corri na direção da porta, indo para escola.

Quando cheguei no colégio não havia mais ninguém nos corredores, corri para a porta da minha sala e bati de frente com o professor Kaique, que como sempre ficou me olhando com aquele olhar de desprezo.

- Atrasado como sempre. Sente-se, senhor Sullyvan.

Fiquei envergonhado, por toda a atenção da sala ter focado-se em mim. Então abaixei a cabeça para evitar olhares.

- O-ok. Desculpe-me

Os garotos que sentavam-se no fundo da sala olhavam-me com cara de deboche, como sempre. Então sentei-me no meu lugar sem olhar para trás ou para os lados.

Horas depois já era o intervalo, neste dia como despedida o intervalo foi prolongado até a hora em que deveríamos sair, me retirei da sala e me sentei no canto do refeitório esperando minha amiga enquanto os outros pegavam seus lanches e comidas. Não muito longe de onde me sentava estava Freya, minha melhor amiga, que caminhava em minha direção com uma calça preta jeans rasgado e uma camisa branca com ilustração de um tigre feroz, seus cabelos negros iam até seu obro e seus olhos eram castanho escuro, assim como os meus, eu ainda não entendia como alguém tão linda quanto ela andava comigo . Tínhamos muita intimidade, nos conhecíamos a três anos então ela sempre me chamava de algum apelido carinhoso, era raro quando me chamava pelo nome.

- Oi, meu amor.

-Oi, Freya - eu disse desanimado

Então Freya olhou para mim.

- Por que esse desanimo? - perguntou - deveria estar feliz, hoje é o último dia de aula.

Ausente.

- Sim, mas ainda restam dois anos neste inferno, mais dois anos para ficarem debochando de mim por ser diferente.

Freya olhou para mim com uma expressão furiosa

- Diferente quer dizer gay? Você não deve sentir vergonha disso. Essas pessoas são hipócritas, possuem mente pequena para o mundo.

Abaixei a cabeça e continuei ouvindo, e continuamos a conversar por horas, conversamos tanto que nem vi a hora passar. Quando vi já não faltavam mais que meia hora para sairmos daquele inferno. Quando olhei, perto dali havia uma garota me observando, a mesma tinha olhos cor de mel, cabelos negros que caiam sobre seus ombros e vestia roupas pretas, exceto pelo detalhe de filtro dos sonhos em sua camisa.

- Freya, conhece aquela garota? - perguntei.

Freya, olhou ao redor procurando-a.

- Que garota, doce?

Fixei meus olhos na garota, esperando que Freya visse para onde eu estava olhando e visse a garota.

- Aquela de preto. Não para de olhar para cá.

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